• Carregando...
Marcelo “Tchello” Caramori trabalhou como assessor e fotógrafo do governo  do estado. | /
Marcelo “Tchello” Caramori trabalhou como assessor e fotógrafo do governo do estado.| Foto: /

O Ministério Público (MP) de Londrina vai denunciar 13 pessoas na tarde desta quinta-feira (5) em novas ações contra exploração sexual de menores. Ao todo, nove ações penais serão ajuizadas contra os acusados dos crimes de abuso, exploração sexual e atentando violento ao pudor contra menores de idade.

Na lista de nomes estão alguns dos acusados em ações anteriores, como o auditor Luiz Antônio de Souza, principal delator da Operação Publicano, e o fotógrafo e ex-assessor do governo do estado Marcelo “Tchello” Caramori. Outros cinco acusados – dois empresários, um advogado, um auditor fiscal da Receita Estadual e uma aliciadora – não haviam sido citados anteriormente. O nome do empresário Marcelo Caldarelli está na lista do Gaeco.

No total, os casos de exploração sexual investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina apresentam números expressivos. São mais de 20 ações penais já ajuizadas contra mais de 30 pessoas. O número de vítimas também chama a atenção: são mais de 50 meninas menores de idade vítimas dos crimes sexuais.

PF põe ex-diretor da Petrobras e lobista frente a frente nesta quinta

Leia a matéria completa

Em entrevista à RPC TV, a promotora Susana de Lacerda explicou que os crimes citados nestas nove ações foram cometidos nos anos de 2003, 2005, 2006, 2013 e 2014. As vítimas tinham entre 11 e 17 anos quando os crimes foram cometidos. De acordo com a promotora, algumas das pessoas acusadas nestas novas ações não tinham relação direta com o esquema investigado anteriormente. A única ligação, explicou a promotora, é que algumas das meninas eram as mesmas que já haviam sido exploradas anteriormente.

O contato com as vítimas, assim como nos casos anteriores, era feito por meio de redes sociais e das aliciadoras. Alguns motéis de Londrina, mais uma vez, foram identificados pelas investigações como palco dos novos crimes sexuais contra as menores de idade. Para tentar, de novo, coibir o uso dos estabelecimentos pelos criminosos, promotores de Londrina vão se reunir com os empresários no mês que vem, quando serão definidas estratégias para evitar que adolescentes entrem nos motéis.

O advogado Eduardo Duarte Ferreira, que defende o auditor Luiz Antônio de Souza, confirmou à RPC TV que o cliente está colaborando para o esclarecimento da suposta rede de exploração de menores. O auditor firmou um acordo de delação premiada com a Justiça, em que detalhou os casos em que foi acusado.

O mesmo advogado defende também o empresário Marcelo Caldarelli. Sobre ele, Ferreira disse que as datas mencionadas pelas supostas vítimas não batem com as declarações prestadas pelo cliente ao Gaeco. Ao longo do processo, Ferreira disse, ficará provada a inocência do empresário.

Outro que firmou acordo de delação premiada com a Justiça foi Caramori. O advogado dele, Leonardo Viana, confirmou que o fotógrafo confirma algumas das situações apontadas pelo MP e que também está disposto a colaborar para esclarecer os fatos denunciados.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]