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Os moradores de Joaçaba (SC) querem descobrir o paradeiro do dono de uma serraria que teria resgatado a bolada de R$ 27,7 milhões do concurso 898 da Mega-Sena. Ele desapareceu dois dias depois do sorteio, realizado no sábado passado (1º). O prêmio acumulado era de R$ 55,5 milhões e foi dividido para duas apostas, uma de Santa Catarina e outra de Rondônia.

Desde que saiu o rateio, a loteria é o assunto mais comentado nas rodas de amigos e mesas de bares de Joaçaba. O marceneiro Flávio Biass, morador da cidade, acusa seu patrão de roubar o bilhete premiado. Ele afirma que deu R$ 1,50 e os seis números para que o chefe fizesse a aposta por ele. Informalmente, teriam combinado de repartir o dinheiro se os números fossem sorteados. Os parentes de Biass afirmam que o patrão resgatou o prêmio e fugiu da cidade.

A Caixa Econômica Federal informou que o portador do bilhete é considerado o proprietário do prêmio. A família de Biass não concordou e levou o caso à Justiça. Na quarta-feira (5), o juiz da 2ª Vara Cível da cidade, Edemar Gruber, determinou o bloqueio de conta bancária onde foi depositado o prêmio. Palpites

A polêmica não foi esquecida nem mesmo no desfile da Independência, realizado na manhã desta sexta-feira (7). No Centro da cidade, as pessoas arriscavam palpites e queriam saber onde está o milionário. "Só sei que no meu táxi ele não entrou. Comigo ele não fugiu", disse o taxista Jurandir José da Rosa, de 48 anos. Ele gostaria de ter dado carona para o novo milionário, mesmo sem aprovar a fuga. "Até que seria bom, pois queria ver o tamanho da gorjeta que ele me daria. Ainda mais agora, que ele tem esse dinheirão todo."

O vendedor de algodão-doce Jurandir de Oliveira, de 39 anos, conversava com seus clientes sobre a situação do milionário de Joaçaba nos intervalos do desfile de Sete de Setembro. "Acho que ele deu um tempo na casa de algum amigo. Sozinho ele não está. O problema foi a ganância. Ele está cheio de dinheiro e agora não pode nem sair de casa."

Oliveira acha que o apostador sortudo está mais perto do que as pessoas imaginam. "Ele não saiu da cidade. Deve estar escondido em algum hotel."

O músico José Fontes, de 67 anos, conhecido como Zé da Gaita, disse ao G1 que a conduta do milionário em não dividir o prêmio com o marceneiro foi errada. "Se eu o achar, quero pedir uns R$ 5 mil pra mim. Mas acho que ele quis dar uma de esperto e ficou com o bilhete e o prêmio todo. Agora, está todo mundo de cara feia para ele."

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