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| Foto: Evaristo Sá/AFP

Se Cunha for afastado, as chances de impeachment ficam mais remotas.

Roberto Piscitelli economista e professor da Universidade de Brasília.

O governo vai ter de dialogar, terá de fazer o que nunca fez. Nunca fez política, nunca fez governo de coalizão de fato.

Murillo de Aragão cientista político.

fevereiro

O mês que começa na segunda-feira tem a volta do recesso legislativo, o que reacende a discussão do impeachment no Congresso. O STF também deve decidir se afasta ou não o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do cargo. Ele é o principal articulador do impeachment.

março

Em princípio, esse será o mês em que a Câmara pretende concluir a análise do pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Também estão marcadas para o dia 13 de março manifestações de rua para pedir a cassação de Dilma.

Com o fim do recesso parlamentar a partir da próxima segunda-feira (1.º), o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff volta à discussão na Câmara dos Deputados. Para especialistas consultados pela reportagem, o saldo das férias legislativas de quase 40 dias, com as recentes sinalizações do PMDB contra o impeachment, é favorável ao Planalto. Mas ao menos cinco fatores que não podem ser totalmente controlados pelo governo ameaçam mudar o cenário para Dilma (veja mais na página ao lado) .

“Midiaticamente, o processo de impeachment esfriou. Houve uma falta de novidades sobre o tema e a mídia vive do calor da notícia”, diz o cientista político Murillo de Aragão, presidente da Arko Advice Pesquisas. “Mas, processualmente, o tema está lá, na Câmara, e será enfrentado. Nesse momento, o quadro é mais favorável ao governo, mas há uma série de indefinições pela frente, no ambiente econômico, nos desdobramentos da Lava Jato”. Aragão diz que Dilma terá de negociar muito para evitar o impeachment. “São pequenos elementos que, juntos, formam um conjunto complexo para a questão do impeachment. Mas o que vai decidir mesmo se a Dilma perderá ou não o mandato é a competência política do governo para articular a recuperação de uma maioria no Congresso.”

O economista Roberto Piscitelli, da Universidade de Brasília (UnB), concorda que há um leque de fatores que influenciam o processo de impeachment. Mas, para ele, o “fator Eduardo Cunha”, presidente da Câmara e principal articulador do impeachment, pode ter um peso determinante. Especialmente porque o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar já em fevereiro o pedido da Procuradoria-Geral da República para afastá-lo da Câmara, sob a acusação de que está atrapalhando a Operação Lava Jato.

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