Para PSDB, deficit era o que faltava para país perder selo de bom pagador

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O Instituto Teotônio Vilela (ITV), braço de formulação política do PSDB, afirmou que a decisão do governo de enviar nesta segunda-feira (31) ao Congresso o Orçamento de 2016 deficitário é a pitada que faltava para as agências de risco decidirem retirar o selo de “grau de investimento” do país – passando a considerá-lo lugar inseguro para investidores.

Para os tucanos, a confissão oficial de que as contas do país não fecham “é mais um gigantesco passo que a gestão do PT dá para levar o Brasil ao cadafalso”.

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“O governo da presidente Dilma Rousseff não sabe mais como fazer para impedir a implosão do país. A decisão de enviar ao Congresso um orçamento prevendo rombo nas contas públicas é o atestado final de que não há mais a mínima condição de a atual gestão continuar no comando da nação. O precipício está sob nossos pés”, disse o ITV, em artigo publicado ontem intitulado “O Brasil no vermelho”.

Os tucanos argumentam que, em apenas oito meses, a meta fiscal do próximo ano caiu de 2% do PIB, para 0,7% e, por último, a um rombo de 0,5%. “Como um governo consegue ser tão desnorteado assim?”, questiona, ao citar o fato de que, pela primeira vez desde que o país adotou os preceitos da responsabilidade fiscal, houve a decisão de remeter ao Legislativo uma proposta com déficit.

O ITV diz que o governo agora tenta “lavar as mãos e jogar para o Congresso a responsabilidade de achar alternativas que evitem o rombo no próximo ano”. “Quer se livrar do ônus de ser governo e ter de adotar medidas duras, impopulares, para consertar o estrago que ele mesmo criou ao longo de anos de irresponsabilidades e ilegalidades”, critica.

Os tucanos dizem que a “implosão” das contas públicas é obra de longo prazo, promovida “com gosto” por Dilma, com a chancela do PT. “Recorde-se que, desde 2012, o governo tem recorrido a toda sorte de pedaladas para fechar as contas – pelo menos no papel. Como estripulias desta natureza nunca funcionam, agora elas arrebentaram de vez”, diz o texto.