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 | Pedro França/Pedro França/Agência Senado
| Foto: Pedro França/Pedro França/Agência Senado

Deputados do PT anunciaram oposição ferrenha a um eventual governo Michel Temer (PMDB) e adiantaram que votarão contra todas as propostas enviadas pelo peemedebista à Câmara, mesmo que sejam idênticas às apresentadas pela presidente Dilma Rousseff (PT).

As declarações foram registradas na Câmara, na tarde desta quarta-feira (11). Na ocasião, foi lançado o movimento “Temer jamais será presidente, será sempre golpista”, encampado pelas bancadas de PCdoB e PT, duas legendas que se mantêm contrárias ao impeachment de Dilma.

“Nenhum documento assinado por Michel Temer tem qualquer valor, são todos nulos”, afirmou Paulo Pimenta (PT-RS), para justificar a posição contrária às propostas que venham a ser encaminhadas pelo governo do peemedebista.

Embora afirme que examinará as matéria legislativas “olhando para o Brasil”, Maria do Rosário (PT-RS) engrossou o discurso do correligionário. “Não o trataremos como presidente. Nossa posição é, em princípio, ir contra tudo o que ele enviar”, afirmou.

Ela aproveitou para mirar no Congresso, que deverá concluir na madrugada desta quinta-feira (12) a abertura do processo de impedimento de Dilma. “Nem sempre a maioria tem razão. A maioria desse parlamento é golpista”, atacou a deputada.

Os parlamentares adeptos ao movimento, batizado também de “Temer, o golpista”, bateram na tecla da suposta ausência de legitimidade do atual vice-presidente e o acusaram de ser “sócio” político do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Caso a caso

Único a se dizer favorável à análise de futuras propostas do Executivo, caso a caso, o petista Henrique Fontana (RS) pediu celeridade no processo de cassação do mandato de Cunha, que tramita a passos lentos no Conselho de Ética da Câmara.

Em relação à postura de oposição a Temer, Fontana foi irônico: “Faremos uma oposição interina durante o período em que permanecer o governo interino”, afirmou, referindo-se ao sucessor imediato de Dilma no Palácio do Planalto.

“Vamos ter dois presidentes, uma eleita com 54 milhões de votos e outro, ilegítimo, sem voto nenhum. Vai ter luta no Parlamento e nas ruas”, disse a deputada Luciane Santos (PCdoB-PE).

O grupo listou ainda parte das bandeiras que continuará erguendo no Plenário da Casa, como taxação das grandes fortunas e de heranças, volta de uma nova versão da CPMF e briga constante contra reformas da Previdência que estabeleçam idade mínima para a aposentadoria.

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