O presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini deixou nesta segunda-feira (30) a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde estava preso desde novembro do ano passado. Com a homologação do acordo de delação premiada, o executivo passa a cumprir prisão domiciliar em sua casa no Rio de Janeiro.
Acompanhado dos advogados Marlos Arns e Pierpaolo Betini, Avancini participou de uma audiência com o juiz federal Sergio Moro para homologar o acordo também nesta segunda. Além da prisão domiciliar – sob monitoramento, usando uma tornozeleira eletrônica – o acordo prevê o pagamento de uma multa de R$ 2,5 milhões.
Depois de fechar o trato na Justiça Federal, Avancini foi direto para o aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Para evitar a imprensa, ele saiu no porta-malas do veículo dos advogados. No banco de trás do carro, estavam apenas as malas do executivo.
Segundo Arns, Avancini está “bastante abalado”. “Cada dia tem sido um sofrimento. Por certo esse próximo ano em prisão domiciliar também será muito difícil”, disse o advogado.
O acordo ainda prevê que o empresário não cumprirá pena em regime fechado. “Essa defesa não aceita em hipótese nenhuma que ocorra acordo e ele [Avancini] permaneça em regime fechado. Essa foi uma prerrogativa da defesa desde o início do acordo”, disse o advogado Marlos Arns.
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