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A prisão de dois membros do diretório do PSDB em Paranaguá, um deles preso na sede do partido, e a inclusão do atual presidente da comissão provisória e pré-candidato à Prefeitura, Alceu Maron Filho, como réu ação penal sob a acusação de tráfico de influência e formação de quadrilha, deixou a deriva a campanha tucana na cidade litorânea, que passou a ser alvo até mesmo de "fogo amigo".

O vice-prefeito, Fabiano Vicente Elias, e o vereador Eduardo Francisco Costa de Oliveira, únicos membros do partido com mandatos eletivos na cidade, anunciaram nesta quinta-feira (10) que vão pedir na segunda-feira (14) que o diretório estadual dissolva a atual comissão provisória, presidida por Maron, e apoie novos nomes para as eleições de outubro.

"A situação é vexatória e insustentável, manchando a imagem do partido", disse o vereador tucano. Ele e Elias se reuniram nesta quinta-feira com membros do partido para anunciar que não reconhecem mais a atual comissão provisória, da qual são integrantes.

Em nota aberta, os dois políticos disseram ter sido surpreendidos com as prisões e com a denúncia contra o pré-candidato tucano, e assinalaram que acreditam que o governador Beto Richa e o presidente em exercício do PSDB estadual, deputado Valdir Rossoni, "não compactuam com atitudes e posicionamentos contrários às orientações partidárias e de correição moral e administrativa". Oliveira e Elias disseram que o partido tem outros nomes para a disputa, incluindo eles próprios.

O ex-deputado Lourenço Fregonese, diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), também tem o nome cotado para encabeçar a chapa do partido. Fregoneze, porém, disse que o futuro do PSDB para a campanha deste ano deve ser avaliado antes pelo atual diretório. "Houve denúncia, mas não condenação, e o Alceuzinho (como é conhecido Alceu Maron) ainda reúne condições para a disputa. Se houver desistência, meu nome poderá ser uma opção", falou.

A mesma posição foi defendida pelo presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni. "Vamos avaliar as denúncias. Temos que ter cautela. Depois de anunciada uma decisão, não podemos voltar atrás. De qualquer forma, o partido tem vários nomes em Paranaguá" disse ele.

No mês passado, Rossoni esteve em Paranaguá, defendendo a pré-candidatura de Maron. Segundo ele, Alceuzinho demonstrou lealdade ao PSDB ao deixar o PPS. "Eu e o governador vamos pagar na mesma moeda, apoiando o Alceuzinho como nosso pré-candidato", disse ele, na inauguração do diretório do partido.

Esclarecimento

Ao contrário da informação publicada na edição desta quarta-feira (9), o presidente do PSB e ex-vereador, Arnaldo Maranhão, não foi preso na noite de quarta-feira. A informação, repassada por policiais civis, foi desmentida durante esta quinta-feira.

Até a noite desta quinta, Maranhão era considerado foragido e continuava a ser procurado pela Polícia Federal. As prisões foram determinadas pela Vara Criminal de Paranaguá. Vanderli Cunha do Rosário e Anderson Wanderci Pinto Barboza, ex-funcionário comissionado da APPA, foram presos, acusados por ameaça e tentativa de suborno de testemunhas em inquérito aberto pelo Ministério Público, que investigou a "venda" de cargos comissionados no Porto de Paranaguá em troca de apoio partidário a suspeita de arrecadação ilegal de recursos para financiamento de campanhas na cidade.

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