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Embora esvaziado devido à chegada do Carnaval, o Congresso assistiu nesta quinta-feira (27) a uma troca de críticas entre petistas e tucanos sobre o resultado do PIB. Ministra da Casa Civil do governo Dilma Rousseff até o início do mês, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi à tribuna exaltar o crescimento anunciado de 2,3% em 2013 e, repetindo Dilma, atacou aqueles a quem classificou de "pessimistas".

"A despeito do que muitos queriam, nosso PIB apresentou um resultado que surpreendeu a muitos, cresceu além do que os pessimistas de plantão estavam prevendo."No último dia 11, Dilma disse em discurso no interior de Mato Grosso que "os pessimistas de sempre" serão derrotados.

Discussão

Em sua fala na tribuna, Gleisi disse ainda que alguns analistas e mercado e integrantes da oposição estariam agindo quase como que "torcedores" por um resultado menor. "Não há que se falar em "pibinho", frustração da economia."

A senadora teve sua fala aparteada pelo colega Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), hoje engajado na campanha do oposicionista Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência. "Senhora senadora, existem dados objetivos: contentar-se com um aumento do PIB que na América Latina só fica à frente da Venezuela é, para mim, muito pouco."

Na tréplica, Gleisi afirmou que o PT herdou em 2003 o governo do PSDB em situação quase tão precária quanto da época pré-Plano Real. Aloysio atalhou novamente, dizendo que a situação se explicava pelo temor do mercado de que o PT levasse à cabo o "programa aloprado" que defendia anos antes.

"Erros Acumulados"

Em nota, o presidenciável Aécio Neves (PSDB) disse que o resultado "não representa uma efetiva recuperação ou retomada do crescimento" e que é resultado dos "erros de política econômica que se acumulam nos últimos anos".

Ele também se referiu à crítica de Dilma contra os "pessimistas de sempre", afirmando que "ao contrário do que acusa o governo, os analistas sempre foram menos pessimistas do que os fatos.""É ainda importante destacar que, quando se olha os números trimestrais, o crescimento do investimento se concentrou na primeira metade de 2013 e já perdeu fôlego no segundo semestre do ano. A taxa de investimento, de 18,4% do PIB, continua abaixo para o padrão latino-americano, de mais de 20%", diz o tucano na nota.

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