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Suspeitas de contas na Suíça voltam a perturbar o senador Romário. | Marcos Oliveira/Agência Senado
Suspeitas de contas na Suíça voltam a perturbar o senador Romário.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Romário solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que peça ao Ministério Público da Suíça a abertura de uma investigação para a apurar se a suposta conta em seu nome no banco suíço BSI existe ou já existiu algum dia. No ofício, o senador pede ainda que seja averiguado se já houve alguma movimentação na conta citada.

Em entrevista ao jornal O Globo, o senador afirmou que já foi titular de uma conta no BSI no período em que atuou por clubes europeus, entre o fim dos anos 1980 e meados dos anos 1990. A existência de uma suposta conta, ainda em atividade e com saldo equivalente a R$ 7,5 milhões, foi revelada em julho pela revista Veja. Na ocasião, o senador foi à Suíça e voltou com um documento do banco atestando que a conta citada não era sua naquele momento. O BSI não especificou, no entanto, se o senador já fora correntista em alguma época. Ao O Globo, o senador negou que atualmente seja titular de conta no BSI.

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O assunto voltou à tona após a divulgação do aúdio da conversa envolvendo o senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na quarta-feira (25), e o advogado Edson Ribeiro, detido nesta manhã ao desembarcar no Aeroporto Galeão, no Rio. Na conversa, a existência da suposta conta é citada e há a insinuação de que o encerramento dela estaria relacionado a um acordo para Romário apoiar o candidato de Eduardo Paes (PMDB) à sua sucessão na prefeitura do Rio, o secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo (PMDB). Um dos sócios do Banco BTG Pactual, dono do BSI, é Guilherme Paes, irmão do prefeito. Em resposta a um comentário no Facebook, o senador afirmou que deseja que o Ministério Público suíço envie “todo o histórico”.

“Em atenção ao acordo de cooperação firmado com a Suíça, bem assim, em face dos últimos acontecimentos noticiados pela imprensa nacional e internacional, em que fui envolvido em conversa do Senador Delcídio Amaral com o Sr. Bernardo Cerveró e seu advogado, Dr. Edson Ribeiro, como partícipe de um suposto esquema de favorecimento, alinhavado com o Prefeito do Município do Rio de Janeiro, Sr. Eduardo Paes, para “livrar-me” de suposta ocultação de recursos havidos junto ao Banco Suíço BSI e não declarados ao FISCO, em troca de apoio político ao futuro candidato do Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB ao Palácio da Guanabara, Sr. Pedro Paulo, para solicitar-lhe seja oficiado ao Ministério Público Suíço para instaure procedimento investigatório, a fim de apurar se a suposta conta bancária apontada pela revista VEJA, como sendo de minha titularidade do BSI, realmente existe e, ainda, se algum existiu, assim como se já houve qualquer movimentação na malsinada conta bancária”, diz o ofício, protocolado às 9h desta sexta-feira.

Em outro trecho do requerimento, Romário aponta um “resquício de suposta fraude” para favorecê-lo.

“Eis que, inobstante a declaração outrora apresentada pelo BSI, há resquício de suposta fraude para favorecer-me, a qual merece ser apurada como nova resposta a todos os cidadãos brasileiros, em especial os cariocas e fluminenses que a mim confiaram o seu voto”, encerra.

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