O Supremo Tribunal Federal autorizou nesta sexta-feira, 6, a abertura de inquéritos contra o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado João Pizzolatti (PP-SC), a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), o ex-ministro de Minas e Energia Edison lobão (PMDB), o deputado José Otávio Germano (PP-RS) . Romero Jucá, Lindbergh farias; Gleisi Hoffmann; Cândido Vaccarezza; Humberto Costa também constam na lista.
Os inquéritos - maioria dos casos - não são acusações ainda, mas sim um pedido da PGR para que o Tribunal autorize medidas (chamadas de diligências) para investigar uma autoridade. A partir de agora, podem ser chamadas testemunhas para depor e realizadas quebras de sigilo bancário e telefônico, por exemplo.
O STF é a instância em que membros do Congresso, ministros de Estado e membros dos tribunais superiores têm foro. No caso de governadores e membros de tribunais de contas estaduais, a competência é do Superior Tribunal de Justiça.
Para investigar alguém com foro especial é preciso da autorização dos Tribunais competentes. Nos casos de autoridades citadas, portanto, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato na primeira instância, não poderia dar sequência às investigações.
Se as provas colhidas no andamento dos inquéritos apontarem para indícios da prática de crime pelo parlamentar, o procurador-geral da República oferece uma denúncia ao STF, que se trata de uma acusação formal. A aceitação ou não da denúncia é feita pelas Turmas do Supremo. No caso da Lava Jato, é a 2ª Turma que vai decidir se aceita a denúncia e portanto abre ação penal contra cada parlamentar. Como o PGR não apresentou nenhum pedido de denúncia no material enviado ao Supremo na última quarta, 4, a denúncia deve ser oferecida após a fase de inquérito. Caso os inquéritos não concluam que houve prática criminosa, ou que não existem indícios suficientes, a procuradoria poderá pedir futuramente arquivamento contra algum dos investigados.
Antes de chegar até o Supremo Tribunal Federal (STF), o envolvimento de políticos no esquema de corrupção e cartel na Petrobrás foi apontado os depoimentos do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, no processo de delação premiada junto à Justiça Federal do Paraná. Foram citados políticos do PT, PP, PMDB, PSB e PSDB.
Com a virada do ano e a posse da nova legislatura no Congresso, há políticos citados que foram remetidos ao STF em 2014 mas perderam o foro especial em razão do fim de seus mandatos, como é o caso de Roseana Sarney.
Alguns nomes citados
- - Gleisi Hoffmann
- - Benedito de Lira
- - Delcídio Amaral (arquivado)
- - Alexandre Santos (arquivado)
- - Henrique Eduardo Alves (arquivado)
- - Aécio Neves (arquivado)
- - Fernando Collor
- - Antonio Anastasia
- - Antonio Palocci (1ª instância)
- - Luiz Argôlo
- - José Olímpio Moraes
- - Lázaro Martins
- - Mário Negromonte
- - Pedro Corrêa
- - Pedro Henry
- - Romero Jucá
- - Renato Egídio
- - Valdir Raupp
- - Valdir Maranhão
- - Simão Sessim
- - Arthur Lira
- - José Mentor
- - Roberto Coutinho da Fonte
- - Ciro Nogueiro (arquivado)
- - Aline Corrêa
- - Aguinaldo Borges
- - Anibal Ferreira Gomes
- - Carlos Magno Ramos
- - Dirceu Esperafico
- - Anibal Gomes
- - Roseana Sarney
- - Edison Lobão
- - Joao Pizzolatti
- - Eldo Pizolatti
- - Lindbergh Farias
- - Cândido Vaccarezza
- - Humberto Costa
- - Renan Calheiros
- - Eduardo Cunha
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