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Em 14 de abril, em depoimento na Polícia Federal, Gleisi reconheceu ter pedido contribuições a Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, UTC, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez na campanha de 2010 | Waldemir Barreto/Agência Senado
Em 14 de abril, em depoimento na Polícia Federal, Gleisi reconheceu ter pedido contribuições a Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, UTC, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez na campanha de 2010| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavacksi determinou que a Polícia Federal (PF) tome o depoimento de Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira Odebrecht, a maior do país. A decisão foi tomada no inquérito que apura a possível participação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) nas irregularidades investigadas pela Operação Lava Jato.

Também foi autorizada a realização do depoimento de outras seis pessoas: Rafael Angulo Lopez, auxiliar do doleiro Alberto Youssef; Ricardo Pessoa, presidente da UTC; José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS; João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; Ronaldo Balthazar, tesoureiro da campanha de Gleisi ao Senado em 2010; e José Augusto Zaniratti, coordenador geral da campanha. O pedido para ouvi-los foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Ricardo Pessoa, José Aldemário e João Auler chegaram a ficar presos preventivamente em Curitiba em decorrência da Operação Lava Jato, que investiga principalmente irregularidades na Petrobras. Na semana passada, decisão da Segunda Turma do STF mandou soltá-los, mas estabeleceu algumas exigências, como não sair de casa e usar tornozeleiras eletrônicas. Marcelo Odebrecht não foi preso ao longo da investigação.

Em 14 de abril, em depoimento na Polícia Federal, Gleisi reconheceu ter pedido contribuições a Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, UTC, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez na campanha de 2010, mas negou ter recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef ou do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ela sustentou que todas as doações foram devidamente registradas e que não houve qualquer promessa de contrapartida.

Em inquérito aberto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a senadora é investigada por, supostamente, ter recebido R$ 1 milhão de Paulo Roberto em transação intermediada por Youssef. O dinheiro teria sido repassado pelo doleiro ao empresário Ernesto Klugler Rodrigues, amigo de Gleisi e do ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora.

Teori também atendeu outros pedidos de Janot, como identificar telefones utilizados por algumas pessoas que teriam participado das negociações com as empreiteiras.

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