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Última foragida da Operação Publicano, a auditora fiscal Ana Paula Lima se apresentou nesta quinta-feira (21) ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A prisão preventiva dela havia sido decretada pela 3.ª Vara Criminal de Londrina em 27 de abril. Na operação, promotores investigam um esquema na Delegacia da Receita Estadual de Londrina que favorecia a sonegação fiscal em troca de propina.

Richa contrata Dotti para defendê-lo no caso da Receita e da repressão policial

O advogado criminalista René Ariel Dotti assumiu a defesa do governador Beto Richa (PSDB)em possíveis desdobramentos judiciais envolvendo as investigações de corrupção na Receita Estadual. Dotti também vai atender Richa em ações sobre a repressão policial a professores e servidores estaduais que acabou com 213 feridos no Centro Cívico, no dia 29 de abril.

Segundo Dotti, uma das linhas de defesa nesse caso é demonstrar que os manifestantes poderiam ter recorrido à Justiça para acompanhar a sessão em que as mudanças na Paranaprevidência foram votadas pelos deputados estaduais, mas que preferiram planejar a invasão da Assembleia.

Dotti é um dos mais respeitados advogados da área de Direito Penal do país e ganhou fama por defender jornalistas e políticos perseguidos pela ditadura militar nos anos 1960 e 1970.

Depois de apresentada pelo seu advogado, Douglas Maranhão, Ana Paula foi encaminhada à carceragem do 3.º Distrito Policial. Com isso, ela escapou de um processo por abandono de emprego na Receita Estadual: as férias dela acabaram em 22 de abril e, desde então, não apareceu para trabalhar. Se ficasse 30 dias desaparecida, responderia por abandono de emprego.

A auditora está entre os 62 réus na ação proposta pelo Ministério Público (MP). Segundo o órgão, ela tentou ocultar provas, retirando documentos do próprio apartamento com o auxílio da sobrinha de Luiz Abi Antoun, primo em sétimo grau do governador Beto Richa (PSDB).

Ana Paula é casada com Márcio de Albuquerque Lima, ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual e considerado o líder do esquema de corrupção pelo Gaeco. Ele foi companheiro de Richa em provas de automobilismo.

O advogado de Ana Paula, Douglas Maranhão, deixou o Gaeco sem dar entrevistas. O delegado Alan Flore explicou que Ana Paula não foi ouvida porque a investigação já está na Justiça. “Sem dúvida é uma prisão necessária”, afirmou.

Habeas Corpus

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu habeas corpus ao auditor fiscal Orlando Aranda no caso de facilitação à prostituição de adolescentes investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com o advogado dele, Walter Bittar, o TJ-PR acatou a argumentação de que não dá para atribuir ao cliente a participação em um programa sexual em 2002, porque o reconhecimento dele foi feito por foto e as vítimas e outras pessoas envolvidas teriam mudado de versão durante as investigações. “Está tendo exagero em algumas prisões preventivas que estão sendo decretadas. Isso reforça a situação de que no caso do Aranda há evidencias muito fortes de que [o crime] foi praticado por outra pessoa”, disse Bittar.

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