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Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes | Reprodução Ipardes
Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes| Foto: Reprodução Ipardes

Apontada na denúncia encaminhada ao Ministério Público como funcionária "fantasma" da Assembléia Legislativa, onde receberia R$ 3,4 mil mensais sem trabalhar, Verônica Durau, de 59 anos, ontem confirmou que nunca trabalhou no Legislativo paranaense.

Em entrevista gravada pela reportagem da Gazeta do Povo, ela disse que esteve algumas vezes na Assembléia com a filha, Sandra Regina Durau Rodrigues, para "sacar dinheiro". Sandra Rodrigues é mulher de Ezequias Moreira Rodrigues, chefe de gabinete do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).

Na entrevista, Verônica afirmou que nunca foi informada sobre seu suposto cargo na Assembléia e disse que somente Ezequias Rodrigues poderia comentar o assunto. A certa altura da conversa com a reportagem, no entanto, ela revelou que esteve algumas vezes na Assembléia, "passeando" e para sacar dinheiro com a filha. "A gente foi lá na Assembléia, mas a minha menina (Sandra) ia sacar dinheiro para ela", revelou. Verônica disse ainda desconhecer de onde vinham os valores sacados.

Segundo a denúncia recebida ontem pelo promotor Odoné Serrano, da Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público do Ministério Público do Estado do Paraná (MP), Verônica Durau tem um cargo de confiança na Assembléia Legislativa, de simbologia DAS-5, desde janeiro 2002. Ela estaria lotada com a matrícula 32.193, num suposto gabinete de Beto Richa, que deixou a Assembléia dois anos antes, em 2000, para concorrer à prefeitura de Curitiba como candidato a vice-prefeito de Cassio Taniguchi.

Na denúncia, encaminhada ao MP pelo relações públicas Marcos Ravazzani, consta ainda que Verônica Durau recebe "salário superior a R$ 3 mil, perfazendo-se um total de R$ 216 mil, contados desde janeiro de 2002". Segundo a denúncia, pelo menos parte desse valor teria sido depositado na conta de Ezequias Rodrigues, genro de Verônica, entre os anos de 2002 e 2003.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista gravada pela Gazeta do Povo com Verônica Durau:

A senhora é funcionária da Assembléia Legislativa?

Não sei te dizer. Como eu posso te dizer isso?

Chegou até a senhora essa informação? O secretário Ezequias Moreira Rodrigues alguma vez comentou sobre esse cargo?

Não.

A senhora nunca esteve na Assembléia Legislativa?

A gente foi lá na Assembléia, mas a minha menina (Sandra) ia sacar dinheiro para ela, para pagar isso, pagar aquilo.

Na agência bancária?

Eu não sei bem em qual agência, porque eu pouco entendo. Primeiro tem que conversar com ele (Ezequias) para ver o que está havendo.

A senhora só esteve na Assembléia de passagem?

Passeando com as crianças. Na época em que ela (Sandra) não trabalhava, a gente ia passear.

Mas a senhora nunca trabalhou lá?

Não.

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