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Negromonte foi ministro das Cidades. | ELZA FIUZA / ABr/ELZA FIUZA / ABr
Negromonte foi ministro das Cidades.| Foto: ELZA FIUZA / ABr/ELZA FIUZA / ABr

O doleiro Alberto Youssef afirmou que entregou dinheiro de propina na casa de Mário Negromonte quando ele era ministro das Cidades da presidente Dilma Rousseff. Negromonte, segundo ele, era um dos líderes do PP que passaram a repartir a propina destinada ao partido dos contratos firmados entre empreiteiras e a diretoria de Abastecimento da Petrobras depois da morte do deputado José Janene, falecido 2010. Negromonte foi líder do PP na Câmara dos Deputados de 2006 a 2010. Em dezembro de 2010, assumiu o Ministério das Cidades, onde permaneceu até fevereiro de 2012. Atualmente, é conselheiro o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia.

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Segundo Youssef, os demais líderes da cúpula do PP que direcionavam valores de propina eram João Pizzolati, Pedro Corrêa e o paranaense Nelson Meurer. O doleiro disse que entregava os valores diretamente na casa destes líderes, que se encarregavam de distribuir a outros integrantes do partido.

“Eu entregava os valores na casa do líder, ou na casa do na época ministro Mário Negromonte, e eles dividiam as propinas entre eles, afirmou Youssef.

Youssef disse que pagou apenas para o então deputado Pedro Corrêa R$ 7,5 milhões em 2010, ano de campanha e que a arrecadação aumentou. Segundo ele, os quatro integrantes da cúpula do PP receberam, individualmente, entre R$ 200 mil a R$ 700 mil por mês em 2010. Os valores para Corrêa eram entregues por Rafael Angulo e Adarico Negromonte, irmão de Mário Negromonte. Adarico Negromonte foi absolvido em ação movida na Operação Lava Jato por falta de provas.

O doleiro voltou a afirmar que o pagamento de propina ao PP foi feito devido à indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras e que o valor correspondia a 1% do total dos contratos, incluindo aditivos. Do total da propina, 60% iam para o partido, 30% para o então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, 5% para ele próprio (Youssef) e 5% para João Cláudio Genú, ex-assessor do PP.

Mário Negromonte não foi localizado para comentar a acusação.

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