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Ministra Kátia abreu com vice-presidente Michel Temer: contenção de recursos. | Foto: Paulo Whitaker/reuters
Ministra Kátia abreu com vice-presidente Michel Temer: contenção de recursos.| Foto: Foto: Paulo Whitaker/reuters

Previsto para esta terça-feira (19), o anúncio oficial do Plano Agrícola e Pecuário 2015/16, o Plano Safra, foi prorrogado para 3 de junho, conforme assessores do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento (Mapa). A data do evento, que deve ocorrer no Palácio do Planalto, como um ano atrás, ainda depende de confirmação e de encaixe na agenda da presidente Dilma Rousseff.

A informação de que o lançamento ocorreria neste dia 19 foi divulgada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, após reunião com a cúpula do governo federal. O adiamento é atribuído à visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, acompanhado de 150 empresários, e aos compromissos das próximas semanas.

Desde que o lançamento foi marcado, a especulação sobre valores e juros corre solta. O Plano Safra estaria pronto, à espera apenas de divulgação.

Depois de dizer à imprensa que os juros serão “neutros”, acompanhando a inflação, a ministra teria informado a líderes do agronegócio que foi aprovada taxa padrão de 8,75% ao ano. O volume de recursos tende a ser mantido em R$ 156 bilhões para a agricultura comercial.

Na sequência, o governo deve lançar o Plano Safra da Agricultura Familiar, que normalmente segue a mesma tendência de alta ou de baixa nos juros e, em 2014/15, teve orçamento de R$ 24 bilhões.

As especulações põem em xeque também os motivos do adiamento. Em Brasília, cogita-se que o adiamento está ligado ao processo de ajuste fiscal, o que não descarta redução no orçamento do crédito rural. A própria data de 3 de junho pode ser novamente adiada para que o governo possa contar com um panorama econômico mais bem definido.

O cenário contrasta com o do lançamento do PAP de 2014/15, quando a presidente Dilma Rousseff discursou garantindo que não faltariam recursos para a produção agrícola e pecuária, mesmo que os R$ 156 bilhões fossem totalmente utilizados. Na ocasião, o juro padrão foi elevado em um ponto, a 6,5% ao ano, e o orçamento ganhou reforço de R$ 20 bilhões.

Kátia Abreu tem afirmado que o Plano Safra 2015/16 não será afetado pelo ajuste fiscal. Ela refere-se aos recursos para custeio da safra de grãos, da produção pecuária e para investimento em armazéns e máquinas. Não descarta cortes no orçamento do Ministério da Agricultura.Apesar de os juros e valores ainda não terem sido confirmados, um novo aumento de taxa seria negativo para o agronegócio e para a economia, apontam lideranças do setor como o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Cláudio Paranhos, que dá apoio à ministra. Os cortes estariam sendo determinados pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.

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