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Em vez de reduzir a dependência de subsídios agrícolas, a lei agrícola americana criou brechas nos subsídios, permitindo que primos e sobrinhos dos agricultores recebam pagamentos. | Daniel Acker/Bloomberg
Em vez de reduzir a dependência de subsídios agrícolas, a lei agrícola americana criou brechas nos subsídios, permitindo que primos e sobrinhos dos agricultores recebam pagamentos.| Foto: Daniel Acker/Bloomberg

Quase 28 mil agricultores dos EUA receberam seguro rural e subsídios federais financiados pelos contribuintes durante 32 anos seguidos, de acordo um relatório da organização não governamental (ONG) Environmental Working Group, especializada em meio ambiente e políticas agrícolas. Os dados são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Esses beneficiários receberam um total de mais de US$ 19 bilhões.

O relatório da EWG surge no momento em que o congresso dos Estados Unidos busca impor novas exigências de trabalho aos pais com filhos pequenos e idosos que recebem assistência contra a fome por meio do Programa de Assistência Suplementar à Nutrição, ou SNAP. O projeto será votado neste mês.

Dados do USDA mostram que entre 1985 e 2016, um total de 27.930 beneficiários receberam pagamentos todos os anos, totalizando US$ 19,2 bilhões. O pagamento médio para o período de 32 anos foi de US$ 687.204. Mas a maior beneficiária, a Marsh Farms, de Sondheimer, Louisiana, recebeu US$ 11,3 milhões e outras nove receberam pelo menos US$ 8 milhões cada.

Em contraste, de acordo com o Centro para Orçamento e Prioridades Políticas dos Estados Unidos, o beneficiário do SNAP recebeu, em média, US$ 126 por mês para ajudar com o custo dos alimentos em 2017.

Em vez de reduzir a dependência de subsídios agrícolas, a lei agrícola americana criou brechas nos subsídios, permitindo que primos e sobrinhos dos agricultores recebam pagamentos, independentemente de morarem ou trabalharem na fazenda. “A próxima lei agrícola deve garantir que os agricultores recebam ajuda somente quando for necessária, não uma garantia anual”, disse o vice-presidente sênior do EWG, Scott Faber.

“Qualquer lei agrícola que promova a autossuficiência deve acabar com os pagamentos repetidos de subsídios, independentemente da necessidade, e garantir que os pagamentos fluam para os agricultores que vivem e trabalham em fazendas, não para ricos, trabalhadores urbanos e parentes distantes”, complementa Faber.

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