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Cinturão do milho, em Nevada, nos Estados Unidos: 25% da produção de etanol  é importada para o Brasil | ALBARI ROSA/GAZETA DO POVO
Cinturão do milho, em Nevada, nos Estados Unidos: 25% da produção de etanol é importada para o Brasil| Foto: ALBARI ROSA/GAZETA DO POVO

Durante o 3º Diálogo Brasil-Japão sobre Agricultura e Alimentos, nesta sexta-feira (7), em São Paulo, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, defendeu a taxação sobre importações de etanol.

Para Maggi, a cobrança de tarifas sobre o produto importado é uma forma de conter o forte crescimento das importações do etanol, o que estaria afetando o mercado produtor brasileiro.

Apesar de reconhecer o problema, o ministro ‘passou a bola’ para a Câmara de Comércio Exterior (Camex), que deve tomar uma decisão final sobre a cobrança.

Durante a coletiva de imprensa, Maggi admitiu ter enviado um comunicado à Camex com a solicitação, em favor da produção de cana-de-açúcar (matéria prima mais utilizada no etanol brasileiro) no Nordeste.

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Na região, os produtores defendem taxas de até 20% sobre as importações, de acordo com informações da Agência de Notícias Reuters, e a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) espera tarifa de 17%.

Importações de etanol crescem 400%

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no primeiro semestre, o Brasil ampliou em quase 400% o etanol importado, em comparação ao mesmo período do ano passado: de US$ 131 milhões entre janeiro e junho em 2016 para US$ 641 milhões.

Praticamente toda a importação de etanol vem dos Estados Unidos (US$ 640 milhões), o que faz do Brasil o principal comprador do produto norte-americano. Por outro lado, o Brasil exportou US$ 272 milhões em etanol ao país do Norte nos primeiros seis meses do ano - 17% a mais que o ano passado, quando as exportações do combustível ficaram em US$ 231 milhões.

Até 2013, havia taxa de 17% sobre a importação de etanol limpo de fora do Brasil. Após esse período, a cobrança foi extinta.

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