Os contratos futuros de café arábica voltaram a subir ontem, atingindo picos que não eram registrados há 15 meses no mercado internacional. Foi registrada alta de 3% a 5% nas bolsas de Nova Iorque e Londres. As chuvas dos últimos dias registradas no Brasil não aliviaram as preocupações relacionadas a danos decorrentes da seca, disseram os operadores.
O café robusta subiu na esteira do arábica e tocou um novo pico de seis meses. O açúcar também seguiu o café, influenciado por preocupações com o clima quente e seco para a safra de cana brasileira. O Brasil é maior produtor e exportador global de café e açúcar.
“Os investidores estão preocupados com as perspectivas de produção no Brasil e isso tem impulsionado os preços para cima”, disse Stefan Uhlenbrock, analista sênior de soft commodities da F.O. Licht. Ele não descarta novas altas.
Os preços do café arábica subiram perto de 40% neste ano, em uma grande reviravolta após uma tendência de baixa prolongada, que durou mais de dois anos em função de grandes suprimentos globais, predominantemente do Brasil. Muitos analistas apontam que a produção do país será drasticamente reduzida.
Corte climático
60% do café que poderia ser colhido no Paraná neste ano foram perdidos após as fortes geadas do ano passado. O que sobrou sofre efeitos do calor e da escassez de chuvas neste início de ano.



