Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Café

Paraná investe na mecanização do café para retomar status

Considerado pequeno produtor, estado precisa aumentar produtividade acima das 40 sacas por hectare

Encontro no Norte do Paraná reuniu produtores, técnicos e estudantes para discutir o tema |
Encontro no Norte do Paraná reuniu produtores, técnicos e estudantes para discutir o tema (Foto: )

A escassez de mãos de obra tem forçado a mecanização das lavouras de café no Paraná. Atualmente, cerca de 90% da área dos cafeeiros no estado estão em áreas com relevo propício ao uso de máquinas nas diversas fases da cultura. Para incentivar essa técnica, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) sediou, nesta quarta-feira (10), um “dia de campo” destinado a debater a mecanização em lavouras adensadas de café no Norte do Paraná.

Produtores, técnicos e estudantes conheceram as novidades da indústria de equipamentos, cultivares adequados, custos da mecanização e a boa prática da pós-colheita. O objetivo do encontro, que está no quarto ano, é viabilizar a pequena propriedade, característica da cafeicultura paranaense, avançando na busca de uma boa produtividade média e de qualidade do produto.

Segundo Francisco Barbosa Lima, especialista em qualidade do café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a mecanização é a única forma de viabilizar a cultura. “O Paraná é um estado de pequena cafeicultura, onde o produtor precisa adensar sua lavoura para aumentar a produtividade”, disse Barbosa, destacando que a produtividade média não pode fica abaixo de 30 sacas por hectare. O ideal seria colher 40 sacas por hectares.

Para que ocorra a colheita mecanizada do grão, o espaçamento ideal das plantas é de 2,5 metros a 3 metros entre as linhas do cafeeiro. Outro fator importante, devido às especificidades da cafeicultura do estado, é a necessidade de algum tipo de associação entre os cafeicultores para viabilizar a compra dos equipamentos, principalmente a colheitadeira que tem custo mais elevado.

Pós-colheita

De uma família tradicional de cafeicultores, o geógrafo e produtor Pedro Hofig, 26 anos, acredita que o cafeicultor paranaense precisa valorizar seu produtor e melhorar o marketing. “O café do Paraná poderia ter uma imagem melhor, mas é como a gente estava discutindo ali na classificação. O próprio produtor não valoriza seu café, serve na casa dele o pior café que ele tem. Ele mesmo atrapalha este marketing no Paraná”, destaca.

Hofing reconhece que o café mineiro tem uma qualidade conhecida como das melhores, com mais status. E, ainda reforça a necessidade de cuidar de todas as etapas do processo. “Depois de colher você pode estragar todo seu café se não cuidar da secagem, do armazenamento, da torragem. Todo o processo tem que ser perfeito.”

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.