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Maior importador mundial de soja, a China tende a reduzir o ritmo de compras da commodity nos próximos meses, porque as margens das indústrias de processamento no país estão apertadas. A avaliação é do banco Commerzbank, que acredita numa retomada  do apetite chinês no final do ano. A instituição afirma inclusive que a América do Sul deve observar queda nos embarques com destino à Ásia. A região assumiu o abastecimento internacional com a entrada da entressafra norte-americana.

No mês passado, as importações de soja da China tiveram redução de 7,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, conforme informações do departamento de alfândegas do país. Se comparado ao resultado de maio, porém, houve aumento de 7%. E no acumulado do ano a evolução também foi positiva -- o volume de soja adquirido em fontes estrangeiras é 25% superior ao primeiro semestre do ano passado. Ao todo, o país recebeu 34,21 milhões de toneladas de janeiro a junho, um recorde para o semestre.

Os recebimentos estimados a partir de julho são de 5,8 milhões de toneladas, segundo estimativas do Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos (Cngoic, na sigla em inglês), um órgão oficial de pesquisas.

"As importações a partir de julho deverão cair mensalmente, parcialmente porque a oferta da América do Sul está caindo", disse Li Lifeng, analista de um website do setor.

A China também importou 3,6 milhões de toneladas de óleos vegetais na primeira metade do ano, queda de 6,2 por cento na comparação anual. As importações de óleos comestíveis, incluindo óleo de palma, soja e canola, ficaram em 530 mil toneladas em junho, segundo dados da alfândega.

Gripe aviáriaAs indústrias chinesas têm registrado prejuízos desde o segundo trimestre deste ano, devido a uma alta nas importações e uma desaceleração crescimento da demanda após uma epidemia gripe aviária no início do ano. Em junho, apesar da redução em relação a 2013, o volume total importado foi 7% maior se comparado ao resultado de maio deste ano.

Projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) indicam que na temporada 2014/15 os chineses vão buscar 72 milhões de toneladas de soja de fornecedores externos. Se confirmado, o volume será 4% maior que o do ano anterior, quando 69 milhões de toneladas da oleaginosa foram importadas pela China.

 

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