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O valor dos royalties cobrados pela Monsanto irá gerar um crescimento significativo no uso de semente salva no país, aponta o setor. Para continuar utilizando a Intacta RR2 nas lavouras sem elevar o custo de produção, muitos produtores guardaram cultivares da temporada passada.

O produtor Nelson Paludo diz que irá utilizar Intacta RR2 por ter semente salva da temporada passada. Do contrário, por conta do alto custo, dispensaria a tecnologia. “Eu vou plantar metade da minha área com a tecnologia porque tenho semente salva”, confirma. Ele deve enfrentar a cobrança na venda da colheita.

A tática tende a crescer em diversas regiões do país. No Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor da oleaginosa do país, o cenário preocupa, segundo o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro), Paulo Pires. A cultivar salva não tem garantia de vigor, germinação e eficiência genética, pois não passou por teste. “O Rio Grande vai caminhar para semente fria. Esse caminho não é bom para ninguém”, aponta Pires. “A Monsanto precisa trazer os royalties para o razoável.”

A Federação da Agricultura e a Organização das Cooperativas do Paraná ainda não se manifestaram sobre o custo dos royalties.

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