A Bolsa de Chicago (CBOT, na sigla em inglês) ampliou ontem seu horário de negociações de 17 para 21 horas por dia como forma de perpetuar sua liderança no mercado de grãos. Durante o dia, o vencimento julho/12 da soja teve mais de 65 mil contratos negociados, o equivalente a 8,84 milhões de toneladas. Enquanto isso, a Intercontinental Exchange (ICE), de Nova Iorque, que entrou no segmento há uma semana, negociou menos de 400 contratos de mesma posição.
A partir de agora, o pregão de Chicago, considerado referência em formação de preços para o mundo, abre às 19 horas e encerra-se às 16 horas. Até sexta-feira passada, soja, milho, trigo, aveia, farelo de soja, óleo e arroz eram negociados num intervalo quatro horas mais curto.
Stefan Tomkiw, vice-presidente de Futuros para a América Latina da Jefferies Bache, de Nova Iorque, diz que os participantes do mercado têm feito operações casadas entre uma bolsa e outra. "Compram um contrato na CBOT e vendem na ICE", explica. Outra mudança: os relatórios que saíam antes da abertura agora são divulgados durante o pregão. Os traders não gostaram da alteração, alegando que não têm tempo para avaliar os dados de produção e consumo mundiais, e esperam que a CBOT volte atrás.



