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“Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil para enfrentarmos a crise”, escreveu Kátia Abreu no Twitter | STRINGER/BRAZIL/REUTERS
“Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil para enfrentarmos a crise”, escreveu Kátia Abreu no Twitter| Foto: STRINGER/BRAZIL/REUTERS

Dois dias depois do PMDB oficializar o rompimento com governo Dilma, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) já começou a sentir os efeitos da decisão. A ministra Kátia Abreu (PMDB), amiga da presidente, já avisou que não deixará o partido e muito menos o ministério. Ela só mudaria de posição, disse em entrevistas, caso a presidente Dilma precisasse fazer uma minirreforma ministerial com o objetivo de frear o processo de impeachment.

“Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil para enfrentarmos a crise”, escreveu no Twitter. “Deixamos a presidente à vontade, caso ela necessite de espaço para recompor sua base”, concluiu.

No baixo escalão as mudanças já começaram. Nesta quinta-feira (31), Kátia Abreu exonerou o presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Rogério Abdalla, que tinha o apoio de vários senadores do partido e do seu presidente, o vice-presidente da República Michel Temer.

Rogério Abdalla, que na semana passada tirou dez dias de férias, entrou na Conab em agosto de 2007 como assessor da presidência da companhia, quando o presidente do órgão era Wagner Rossi, que foi deputado federal e ministro da Agricultura. Rossi é filiado ao PMDB de SP e também ligado a Temer.

Em maio de 2010, Abdalla tornou-se diretor de Pessoal, cargo que ocupava até hoje. O salário de um diretor da Conab é de cerca de R$ 28 mil. Ele levou para a Conab outras indicações do PMDB, como Mônica Azambuja, ex-mulher de Henrique Eduardo Alves, que deixou anteontem o Ministério do Turismo.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, também vai perder um de seus secretários. Caio Rocha, que ocupa a secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo, é filiado ao PMDB e informou que deixará o posto, conforme orientação do partido, que mandou que todos os seus integrantes saiam do governo.

Rocha disse que não podia dar mais detalhes sobre sua saída em “respeito à ministra” e que ainda aguarda ser recebido por ela. O secretário informou que deixará o cargo em “lealdade a Michel Temer (vice-presidente da República e presidente do PMDB) e a Eliseu Padilha”. Rocha era indicação dos dois para a Pasta e ocupava vaga no ministério antes de Kátia Abreu assumir.

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