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Um dos pedidos do movimento é baixar os preços dos combustíveis em 30% | MIGUEL ROJO/AFP
Um dos pedidos do movimento é baixar os preços dos combustíveis em 30%| Foto: MIGUEL ROJO/AFP

O Uruguai ‘aderiu’ à greve dos caminhoneiros. Desde ontem (11), produtores rurais, caminhoneiros, associações e sindicatos ocuparam mais de 30 pontos às margens das estradas do país.

Batizado de “Un Solo Uruguay”, o movimento surgiu em janeiro e reivindica menores custos estatais e revisão dos impostos nos setores produtores do agronegócio. Sob a bandeira “Se não nos escutam, que nos vejam”, os protestos iniciaram ontem e estão programados para prosseguir durante todo o dia nesta terça feira (12).

Assim como no Brasil, uma das alegações é o alto preço do diesel e da gasolina. Em nota, a organização dos protestos afirma que:

“Nossos combustíveis e nossa energia elétrica, os mais caros da América, são fatores vitais para o funcionamento produtivo e para a economia familiar. Lutamos e propomos medidas para a racionalização desse custo. Estas propostas foram ignoradas, desacreditadas, tergiversadas... não por falta de sustentação em seus fundamentos, mas por falta de vontade política, de compromisso, capacidade e falta de respeito pela situação dos trabalhadores”.

Uma das propostas é tornar os valores dos combustíveis à paridade da importação, o que baixaria os preços em 30%.

“Silêncio dos inocentes”

Os produtores rurais do país aproveitaram o movimento ainda para protestar contra o aumento do número de assassinatos no país. Ao norte do país, na região de Tacuarembó, eles numeraram e soltaram 193 ovelhas na estrada Ruta 5, cada uma representando cada vítima fatal, com um cartaz com os dizeres “O Silêncio dos Inocentes”.

Em defesa, o governo se defendeu por meio do diretor da Secretaria de Planejamento e Orçamento, Álvaro García: “O governo realizou mais de 20 medidas desde o surgimento do movimento. Talvez essas medidas não tenham alcançado a quem dirige o movimento, mas posso assegurar que chegaram aos pequenos e médios produtores”.

Já aderiram à mobilização nacional algumas das maiores organizações do país, como a Associação e Federação Rural, a Associação Nacional dos Produtores de Leite, dos Produtores de Arroz e a Federação das Cooperativas Agrárias. A organização divulgou nos mapas do Google os pontos de bloqueio para convidar mais pessoas aos protestos: 

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