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Visitante precisa de dois a três dias para conferir novidades da 27ª edição do evento | Fotos: Hugo Harada/ Gazeta Do Povo
Visitante precisa de dois a três dias para conferir novidades da 27ª edição do evento| Foto: Fotos: Hugo Harada/ Gazeta Do Povo
Milho atinge 10 mil kg no verão e 5,6 mil kg por hectare no inverno na região.

Quando um frequentador assíduo do Show Rural – feira agrícola e tecnológica da cooperativa Coopavel que deve atrair 220 mil visitações nesta semana (do dia 2 ao dia 6) em Cascavel – explica por que sempre volta ao evento, invariavelmente relata seu interesse por uma vitrine tecnológica. Os produtores dizem não estar a passeio, mas à procura de informações que possam elevar produtividade, limitar custos, facilitar serviços. Para não perder pontos nesse sentido, os organizadores exercem controle sobre a expansão da feira, que passa pela seleção de expositores.

Visitante precisa de dois a três dias para conferir novidades da 27ª edição do evento

Neste ano, o evento conta com 480 expositores, 40 a mais que o total de 2014. Mesmo assim, outras 100 empresas ficam de fora, conforme a Coopavel.

O presidente da cooperativa e do Show Rural, Dilvo Grolli, afirma que não se trata de impor barreira a novos expositores – e dar privilégio às empresas tradicionais. “É até obrigação abrir espaços para as empresas que trazem novidades”, aponta. Por outro lado, diz ser “preciso fazer uma triagem”.

A saída tem sido ponderar a situação. “O número de interessados é sempre maior que o espaço ofertado. Mas, não se pode ter quantidade excessiva de empresas [multiplicando os estandes] até para não prejudicar os visitantes”, acrescenta. A intenção é permitir que, em dois ou três dias, cada frequentador possa percorrer todo o espaço do evento.

Se depender desse critério, a expansão será gradual. O Show Rural só deve abrir espaço para exposição de tecnologias diretamente relacionadas aos avanços na produção.

Agricultores como Erwin Soliva esperam uma feira objetiva, de resultados. “Quem planta mal, fica fora do mercado”, sentencia.

Ele cultiva soja e milho em 300 hectares da Fazenda Jangada, em Cascavel. Frequentador do Show Rural há 15 anos, diz ter aprendido que “tecnologia eleva custo, mas proporciona rentabilidade sobre o que é investido”. E contabiliza avanços: 30% de ganho em produtividade e 40% de avanço na renda das principais culturas no período.

Soliva relata que, no início dessa escalada, não era fácil chegar perto de 3 mil quilos de soja por hectare. “Hoje a expectativa já é de 200 sacas por alqueire [83 sacas ou 4,96 mil kg/ha]. E esta é a minha meta.” Na última safra, colheu 3,84 kg/ha de soja. A produtividade média do milho safrinha ficou em 8 mil kg/ha e a do trigo em 3,1 mil kg/ha.

Milho atinge 10 mil kg no verão e 5,6 mil kg por hectare no inverno na região.

“O ‘Show’ ajuda muito, porque expõe resultados de pesquisas, como variedades de sementes mais produtivas, resistentes a doenças e de diferentes ciclos, e agroquímicos mais eficientes contra pragas”, opina.

O Show Rural chega aos 27 anos, incluindo seis anos de Dia de Campo. Soliva relata que, todo ano, encontra novidades. Ele atribui essa vantagem à “seleção das empresas”. Em sua avaliação, os expositores selecionados entendem a praticidade necessária à agricultura. “Ninguém está ali para fazer gracinha, mas para expor tecnologia e know-how”, avalia.

O público esperado no 27.º Show Rural Coopavel é 5% maior que o de 210 mil visitações registrado em 2014. Além dos 480 expositores, estão incluídas na área de 72 hectares, às margens da BR 277, 5 mil parcelas experimentais.

Para amenizar o calor do sol, a feira tem 5,53 mil metros quadrados de ruas cobertas. Trabalham no evento 4.120 pessoas, além dos 1.080 funcionários e contratados da cooperativa. A entrada e o estacionamento (com 12 mil vagas) seguem gratuitos.

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