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A região de Erechim, no Noroeste do Rio Grande do Sul, é o primeiro destino da Expedição Agricultura Familiar, projeto do Agronegócio Gazeta do Povo que ganha a estrada a partir deste domingo e vai rodar 15 mil quilômetros. Um grupo de 12 técnicos e jornalistas iniciam pelo Sul um trabalho inédito para fazer um diagnóstico técnico-jornalístico do setor, percorrendo 20 cadeias de produção – das verduras orgânicas que abastecem centros urbanos ao café mineiro e às frutas tropicais baianas com padrão de exportação.

A primeira região visitada vai mostrar a produção de grãos e de animais em pequenas áreas. Soja, milho e carnes são produtos chave do agronegócio gaúcho e do brasileiro. Ganham volume com a participação de milhões de unidades produtivas. A tecnologia empregada, as conexões com a indústria, o foco no mercado, a participação na economia regional passam a ser detalhados pela Expedição.

O Rio Grande do Sul tem um dos melhores índices de renda da agricultura familiar do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Das 370 mil unidades que registram receita, 315 mil tiram dinheiro do cultivo da terra ou da criação de animais. E os recursos que saem dessas atividades somam média de 5 salários mínimos ao mês. O índice nacional é de 3,3 salários mensais.

O setor passou por transformações profundas ligadas ao acesso ao crédito e à assistência técnica e ganhou participação expressiva na economia, avalia o consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Sul do Brasil, Valter Bianchini, ex-secretário nacional da Agricultura Familiar. Ele será um dos palestrantes nos seis seminários que a Expedição vai realizar, um por estado visitado.

Depois de desvendar diferentes cadeias produtivas gaúchas, a Expedição Agricultura Familiar vai percorrer ainda Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia. O tema da edição de estreia do projeto é “A revolução silenciosa e sustentável da agricultura brasileira”. Os seminários “Tendências da agricultura familiar no século 21” ocorrerão em Porto Alegre (RS), Chapecó (SC), Francisco Beltrão (PR), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Juazeiro (BA).

Os desafios da agricultura familiar exigem ação coordenada, aponta o presidente do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Rubens Ernesto Nidederheitmann.

“A melhoria da vida do produtor faz crescer a renda e a economia local”. Em sua avaliação há muito espaço para evolução neste sentido. As reportagens estarão no site www.agrifamiliar.com.br.

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