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No ano passado,foram realizados 40 eventos técnicos com mais de 12 mil pessoas . | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
No ano passado,foram realizados 40 eventos técnicos com mais de 12 mil pessoas .| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Considerada a maior feira agropecuária do Brasil, a ExpoLondrina oferece diferentes opções de atividades aos visitantes durante os 11 dias de evento. De leilões a shows populares, exposição de animais até o parque de diversões, quem passa pela feira pode aproveitar de tudo um pouco. No entanto, a exposição também conta com uma agenda técnica de qualidade, atraindo um público mais focado no agronegócio como estudantes, professores, especialistas e produtores rurais. Para o diretor de atividade agroindustrial da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Luigi Carrer Filho, a agenda técnica já é bastante tradicional na feira, mas também é preciso de reinventar para agregar mais público. Confira mais detalhes na entrevista abaixo:

A agenda técnica, em um evento onde o forte é o entretenimento, está conseguindo agregar ou imprimir um novo perfil à ExpoLondrina?

Na verdade a agenda técnica (palestras, simpósios, oficinas) é muito tradicional. Ela é uma das partes mais importantes da exposição. Ano passado mais de 40 eventos técnicos com a presença de mais de 12 mil pessoas. Tem um encontro do café que é realizado há mais de 20 anos. O simpósio do leite também acontece há mais de 15. Então o que a gente está procurando aprimorar é o nível dos palestrantes para trazer tecnologia que são aplicadas no dia a dia do produtor rural. Queremos trazer tecnologias que tragam viabilidade para aumenta tanto a produtividade quanto a rentabilidade do produtor e, principalmente, com o aumento da rentabilidade, aperfeiçoar a mão-de-obra no campo. Então a gente quer aumentar a participação de pessoas que estão mais envolvidas diretamente com o agronegócio e aprimorar cada vez mais a ExpoLondrina.

Quantos eventos e quantas pessoas estão participando ou são esperadas para a programação técnica?

A gente espera superar esse número do ano passado. Muitas vezes acontece de alguém chegar para a gente no meio da exposição e pedir para realizar um evento de última hora e a gente precisa arrumar espaço. Estamos o número total de eventos só vou poder confirmar no final, mas estamos trabalhando hoje com cerca de 45 eventos técnicos.

Quem é esse público que participa dos eventos?

Produtores rurais das mais diversas áreas, por exemplo, pessoal do café, do leite, da pecuária de corte, genética, de grãos. Tem alguns eventos que a gente realiza voltados para o meio acadêmico. Tem os sindicatos rurais e a própria Emater com a grade dela que traz caravanas de todo o Estado. Então é um público voltado para o agronegócio. Temos especialistas, professores. Tem a participação do Conselho Regional de Medicina Veterinária, que sempre nos apoia nesses eventos e procuramos trazer os médicos veterinários e zootecnistas. Também temos laboratórios, produtores de grãos que acabam fazendo lançamentos de produtos aqui na feira e trazem seus clientes. É um público bem focado e interessado nos temas.

Quais são os temas? Ou então aqueles mais curiosos ou que você considera que tem mais destaque?

Grade tão rica e tao diversificada como a nossa você não vê em todas as exposições, até pela dimensão da nossa feira. Na segunda-feira (12) tivemos pela primeira vez um evento sobre Comunicação dentro do Agronegócio. Na quarta-feira (13) teremos um Seminário de Pecuária de Corte para tentar aumentar a rentabilidade da pecuária. E principalmente porque estamos vivendo essa questão do Estado Livre de Febre Aftosa sem vacinação, então isso traz muita discussão. Na sexta (15) a Exposição vai sediar pela quinta vez um evento de ciclo de produção e reprodução em bovinos com o pessoal da UFRS.

Pela primeira vez em uma exposição foi realizado um evento tecnológico como o 1ºHackathon Smart Agro ExpoLondrina, com o tema “Os Desafios do agronegócio inteligente: IoT como fonte de competividade”. Então a tendência cada vez mais é aprimorar esse tipo de evento. A própria Sociedade Rural precisa se reinventar , trazer coisas novas, senão não conseguimos agregar mais público. Nessa época do ano o parque é uma universidade a céu aberto. Tem as palestras, tem os estandes que o pessoal está sempre discutindo, procurando trocar conhecimento. Os julgamentos que ocorrem tem tudo a ver com a evolução da genética das raças dentro do Estado.

A estratégia é integrar urbano e rural? Tem como objetivo destacar a crescente e importante participação do agronegócio na economia do país?

Com certeza. Com esse estado de penúria que a gente vive hoje na economia, o país só não está pior por causa do agronegócio. Quem realmente tem condição de ser o celeiro do mundo, expandir novas fronteiras do país para aumentar a produção de grãos e da pecuária é o Brasil. Vimos o impacto que a exposição tem sobre o setor de comércio durante os dias do evento. Um vendedor de calças disse que as vendas aumentam 30%. O hotel tem sua lotação quase esgotada. Isso é a pujança do agronegócio. O público da feira, urbano, tem tido mais interesse no que envolve o agronegócio, especialmente o que está relacionado a animais. Em um primeiro momento é o que chama mais atenção do pessoal pela curiosidade. Como uma vaca nelore branca, inseminada com um touro preto e nasce um bezerro preto de uma vaca branca. Cabe à imprensa também mostrar como o agronegócio está presente no dia a dia.

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