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Paraná detém uma das melhores produtividades da fruta | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Paraná detém uma das melhores produtividades da fruta| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Um plano de contingência será anunciado nos próximos dias pelo Ministério da Agricultura para tentar proteger a banana brasileira do Mal do Panamá, doença que é hoje a principal ameaça aos bananais em todo o mundo.

De imediato, a orientação é para que os brasileiros que viajem para o sul da Ásia, Oriente Médio e Moçambique, locais de maior ocorrência do fungo Fusarium oxysporum f. sp. Cubense, evitem trazer objetos feitos com palha de bananeira, lavem as roupas e retirem a terra dos sapatos antes de embarcar de volta.

De acordo com o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Ministério da Agricultura, o plano de proteção à banana prevê uma série de medidas para evitar a introdução da raça 4 tropical do fungo causador do Mal do Panamá no Brasil. O país convive desde a década de 1950 com a raça 1 do fungo, lembra o chefe da Divisão Prevenção e Vigilância e Controle de Pragas, Ricardo Kobal. “A raça 1 do Mal do Panamá atinge a variedade de banana maçã, causando grandes perdas na produção.” No continente americano, a raça 4 ainda não foi encontrada e a sua introdução poderia trazer sérios problemas à produção da fruta. A raça 4 provoca danos às variedades prata, nanica, nanicão, que representam quase 90% das variedades de bananas plantadas no Brasil.

O fungo do Mal do Panamá pode sobreviver no solo por mais de 20 anos ou ainda em hospedeiros intermediários (ervas daninhas específicas). As principais formas de disseminação são plantas doentes, solo contaminado com o fungo, transporte de terra em máquinas agrícolas, uso de ferramentas de desbaste infectadas com o fungo e água de irrigação com presença de esporos.

A maior parte da produção brasileira de banana é destinada ao mercado interno. Em 2016, das 6,96 milhões de toneladas produzidas, apenas 64,4 mil foram exportadas. A fruta é cultivada em 474 mil hectares espalhados pelo território nacional, com destaque para São Paulo e Bahia, cada um responsável por cerca de 14% da produção.

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