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Fiscalização nos limites do estado pode ser reduzida, colocando em risco o fim da vacinação contra aftosa. | Divulgaa§a£o / Adapar
Fiscalização nos limites do estado pode ser reduzida, colocando em risco o fim da vacinação contra aftosa.| Foto: Divulgaa§a£o / Adapar

O governo do Paraná confirmou a contratação de 169 técnicos para reforçar o plantel da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar). O anúncio ocorreu após uma reunião a portas fechadas feita entre o governador Beto Richa e autoridades ligadas ao agronegócio. São os primeiros profissionais liberados para nomeação após a realização do concurso, promovido em julho de 2014.

A ação faz parte do pacote de medidas que estão sendo articuladas para garantir ao estado o reconhecimento como área livre da peste suína clássica e da febre aftosa sem vacinação. No fim de março o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cobrou a nomeação dos profissionais e a reforma de 23 barreiras sanitárias nas divisas do estado para que o Paraná almeje a certificação de área livre.

Durante a reunião que selou a contratação Richa confirmou que enviou à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, o pedido para que o ministério autorize as providências para a efetivação de medidas que garantam o reconhecimento internacional do Paraná como área livre de febre aftosa em maio de 2018.

A meta é ganhar participação no mercado externo. “Como não temos casos clínicos de febre aftosa há mais de dez anos e temos evidências de que o vírus não circula na América há três anos, avaliamos que agora é o momento de pleitear este status”, declarou o secretário da agricultura, Norberto Ortigara.

O presidente da Adapar, Inácio Kroetz, já havia sinalizado que a nomeação dos profissionais era urgente, pois os profissionais também terão que passar por treinamento com as equipes em atuação. “A agência foi criada não apenas para dar continuidade no trabalho de defesa sanitária, mas para evoluir nesse sentido. E só vamos conseguir avançar com mão de obra qualificada”, apontou. As contratações representam um reforço de 31% na equipe técnica da entidade, que já possui 544 servidores.

Contratação de técnicos da Adapar foi oficializada nesta quinta-feira.

O anúncio foi feito sem alarde. Há dois anos Richa convocou uma solenidade oficial para anunciado a realização do concurso (leia abaixo), que passou a ser amplamente divulgado desde então. Agora a postura é de silêncio. Até mesmo o lançamento da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que costuma receber amplo destaque, ocorreu com discrição. Nos bastidores fala-se que uma das intenções é reduzir a exposição de Richa à mídia neste momento, devido a crise gerada pela greve dos professores.

Histórico de espera Em março de 2013 o governo estadual anunciou que promoveria um concurso para reforçar os quadros da Adapar e do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Ao todo seriam abertas 1246 novas vagas. A meta era aplicar as provas ainda naquele ano, para garantir a nomeação dos profissionais antes do período de restrição imposto pelas eleições de 2014.

A expectativa inicial não se consolidou, e o concurso acabou sendo realizado no dia 15 de julho de 2014, com apenas 600 vagas em aberto (400 para a Emater e 200 para a Adapar).

A Adapar convocou, entre agosto e outubro de 2014, um grupo de 197 aprovados em concurso para apresentação física e de exames médicos. Desses, 169 se apresentaram e foram considerados aptos a assumirem os cargos. Desde então há expectativa sobre a nomeação dos técnicos, que deve ocorrer só agora. As vagas são para 35 agrônomos, 72 veterinários, três técnicos de laboratório e 90 técnicos de meio ambiente.

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