O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de setembro projeta uma safra de 193,5 milhões de toneladas em 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (09). Se confirmada, a safra será 2,8% superior à do ano passado, que foi de 188,2 milhões de toneladas. O montante foi considerado estatisticamente estável em relação ao previsto no levantamento de agosto, com redução de apenas 84,72 mil toneladas.
Os produtores brasileiros devem colher uma área de 56 milhões de hectares em 2014, um aumento de 5,9% em relação à 2013, quando a área totalizou 52,8 milhões de hectares, segundo o IBGE. O montante, no entanto, é 0,5% inferior ao previsto no prognóstico de agosto. As três principais culturas - arroz, milho e soja - respondem por 91,2% da estimativa da produção e por 85,1% da área a ser colhida. A área a ser colhida de arroz aumentou 0,2% ante 2013, enquanto a soja teve expansão de 8,2%. Já o milho registrou redução de 1,2% na área este ano. Quanto à produção, o arroz aumenta 3,5% em relação a 2013.
No caso da soja, houve redução de 0,3% na área colhida e de 0,2% no rendimento médio. Segundo o IBGE, a produção do Nordeste recuou 10,4% em relação a agosto, por influência da Bahia, onde a informação foi reajustada para 3,3 milhões de toneladas em virtude de problemas climáticos.
A queda na estimativa de produção da batata de 2ª safra reflete a diminuição de 1% na área plantada e de 0,5% no rendimento médio, sob influência dos resultados de Minas Gerais e Paraná. Houve redução na área plantada em 0,4% e 2,5%, respectivamente. "São ajustes, uma área que se esperou que estivesse plantada na verdade não foi plantada. E o rendimento também teve queda", afirmou Mauro Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
Quanto ao café arábica, a área colhida e o rendimento médio recuaram 1%. Houve redução nas estimativas da produção no Ceará (-29,3%), Goiás (-27,1%) e Bahia (-1,8%). Minas Gerais teve queda de 2,3%, o equivalente a 31.120 toneladas a menos, na estimativa de safra. Já o feijão 1ª safra passou por reavaliações em Pernambuco e Ceará. No primeiro Estado, o rendimento médio caiu 16,5%, enquanto a safra cearense declinou 5,6%, como resultado da estiagem na região.
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