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Liderança do milho fica para mais tarde

A produção nacional de milho tinha todas as condições para superar a da soja já na próxima safra. Os planos, no entanto, estão adiados por conta de um problema chamado fertilizantes. Na safra 2007/08, oficialmente encerrada na semana passada com o último levantamento da Conab, a soja atingiu 60 milhões de toneladas, contra 58,6 milhões do milho. No Paraná, o maior produtor do cereal, a vantagem já foi estabelecida há alguns anos. No último ciclo, a diferença foi superior a 3 milhões de toneladas.

A limitação não está nas condições de preço e mercado, que são favoráveis ao milho. O que tira a competitividade e força a opção maior pela soja é o custo de produção. A relação de uso e despesas com fertilizantes é de três para um, com menos gastos para a oleaginosa. Aí fica difícil competir. E o reflexo é imediato. O primeiro levantamento de intenção de plantio da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab) estima que o Paraná deve reduzir em mais de 5% a área destinada ao cereal. Os analistas acreditam que no Brasil a situação não será diferente.

Mas como o plantio está apenas no começo (veja nas páginas 4, 5 e 6), com o cultivo de milho no Sudoeste do estado – a semeadura da soja ocorre a partir desta semana –, muita coisa pode acontecer. Apesar dos fertilizantes em alta, tem ainda a influência da safra norte-americana, que apenas começou a ser colhida. O desempenho dos Estados Unidos pode mudar os planos por aqui, inclusive de intenção de plantio de milho.

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