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Milho de causar inveja

Bem no meio do corredor agrícola afetado pela seca, o Oeste de Santa Catarina colhe até 10 mil quilos de milho por hectare, produção 10% abaixo da esperada mas capaz de causar inveja na maior parte do país. O La Niña reduziu as chuvas numa extensa faixa que inclui o Oeste do Paraná, o Centro-Oeste de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Porém, nos campos de Aberlardo Luz (Oeste catarinense), o cereal recebeu umidade suficiente e rende volume considerado normal para a região. Foi por um triz, relatam técnicos e produtores entrevistados pela Expedição Safra Gazeta do Povo. A prova vem das lavouras de soja do próprio município, que começam a ser colhidas nas próximas semanas e tendem a render 20% a menos.

Dois meses de clima equilibrado são necessários para que a produção de soja do Oeste e do Centro-Oeste de Santa Catarina não tenha perdas ampliadas. O produtores relatam que algumas áreas ficaram até 40 dias sem chuva.

Soja vai passar por prova de fogo

O Oeste de Santa Catarina, tradicional produtor de sementes, terá a qualidade dos grãos colocada à prova na colheita. O que está em jogo não é só o volume produzido, mas o valor da soja. Se os produtores conseguirem atender as exigências das indústrias de sementes, ganham bônus de cerca de 10% sobre os preços praticados pelas indústrias. Se não conseguirem, perdem a chance de garantir renda extra num ano de produção abaixo do normal. "Temos que esperar a colheita para saber quanto vamos classificar como semente. Vai depender de avaliação técnica", disse o produtor Daniel de Fabris. Os técnicos da região dizem que o volume de sementes será menor, mas o suficiente para atender a demanda de seus clientes e garantir a implantação da safra do ano que vem.

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