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saúde pública

Descoberta origem de contaminação de alface que matou 5 pessoas

Surto de contaminação pela bactéria E. coli, que começou em março, fez 200 vítimas em mais de 30 estados americanos

Produção de alface orgânica em Colombo, na região metropolitana de Curitiba | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Produção de alface orgânica em Colombo, na região metropolitana de Curitiba (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Chegou ao fim o maior surto de contaminação pela bactéria E. coli nos últimos dez anos nos Estados Unidos, e as autoridades dizem já ter descoberto a fonte da contaminação das alfaces que mataram cinco pessoas e adoeceram outras 200.

Sabia-se, até agora, apenas que as alfaces tinham sido cultivadas na região do Arizona conhecida como Yuma, próximo à fronteira com a Califórnia. Mas as autoridades não conseguiam dizer em que fazenda, empacotador ou distribuidor tinha começado o problema.

O mistério acabou. Representantes do Departamento de Alimentos e Remédios (FDA) confirmaram que a bactéria E. coli contaminou as alfaces a partir da água de canais de irrigação.

“Será preciso aprofundar a investigação para determinar exatamente como essa cepa de E. coli 0157:H7 contaminou a água e o caminho percorrido até a produção de alface de várias chácaras”, disse o porta-voz do FDA, Scott Gottlieb. Na região de Yuma, que cobre fazendas próximas do Rio Colorado até o sudeste da Califórnia, são cultivadas hortaliças que abastecem a maior parte dos Estados Unidos nos meses de inverno. A colheita, portanto, já terminou e a alface contaminada que infectou dezenas de pessoas já não existe mais no mercado, assegurou o FDA.

Inicialmente, as autoridades americanas relacionaram o surto de E. coli a saladas prontas distribuídas no varejo de todo País, mas essa possibilidade foi descartada porque detentos de uma prisão no Alaska também adoeceram após comerem alfaces não processadas.

A maioria das pessoas infectadas é da Califórnia, onde houve uma morte, e da Pensilvânia. As quatro outras mortes aconteceram no Arkansas, em Minnesota e Nova York.

Foi o pior surto de E. coli desde 2006, quando 205 pessoas foram contaminadas e cinco morreram após contaminação em espinafres. A bactéria é encontrada em carne mal cozida, leite cru, queijos coloniais, vegetais e frutas in natura, e água contaminada. A maior parte das bactérias E. coli não faz mal à saúde, mas o tipo conhecido como E. coli0157: H7 produz a toxina chamada shiga, que destrói glóbulos vermelhos do sangue, causa insuficiência renal e diarreia anêmica. Outros tipos de E. coli podem provocar inflamações urinárias, doenças respiratórias e pneumonia.

Um estudo do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) sobre o surto de 2013 concluiu que vegetais crus – alface, brócolis, aspargo e aipo, entre outros – estiveram ligados a 42% das ocorrências. Crianças até 5 anos, idosos com mais de 65 anos e pessoas com baixa imunidade são os mais vulneráveis às infecções por E. coli.

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