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Produção de alface orgânica em Colombo, na região metropolitana de Curitiba | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Produção de alface orgânica em Colombo, na região metropolitana de Curitiba| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Chegou ao fim o maior surto de contaminação pela bactéria E. coli nos últimos dez anos nos Estados Unidos, e as autoridades dizem já ter descoberto a fonte da contaminação das alfaces que mataram cinco pessoas e adoeceram outras 200.

Sabia-se, até agora, apenas que as alfaces tinham sido cultivadas na região do Arizona conhecida como Yuma, próximo à fronteira com a Califórnia. Mas as autoridades não conseguiam dizer em que fazenda, empacotador ou distribuidor tinha começado o problema.

O mistério acabou. Representantes do Departamento de Alimentos e Remédios (FDA) confirmaram que a bactéria E. coli contaminou as alfaces a partir da água de canais de irrigação.

“Será preciso aprofundar a investigação para determinar exatamente como essa cepa de E. coli 0157:H7 contaminou a água e o caminho percorrido até a produção de alface de várias chácaras”, disse o porta-voz do FDA, Scott Gottlieb. Na região de Yuma, que cobre fazendas próximas do Rio Colorado até o sudeste da Califórnia, são cultivadas hortaliças que abastecem a maior parte dos Estados Unidos nos meses de inverno. A colheita, portanto, já terminou e a alface contaminada que infectou dezenas de pessoas já não existe mais no mercado, assegurou o FDA.

Inicialmente, as autoridades americanas relacionaram o surto de E. coli a saladas prontas distribuídas no varejo de todo País, mas essa possibilidade foi descartada porque detentos de uma prisão no Alaska também adoeceram após comerem alfaces não processadas.

A maioria das pessoas infectadas é da Califórnia, onde houve uma morte, e da Pensilvânia. As quatro outras mortes aconteceram no Arkansas, em Minnesota e Nova York.

Foi o pior surto de E. coli desde 2006, quando 205 pessoas foram contaminadas e cinco morreram após contaminação em espinafres. A bactéria é encontrada em carne mal cozida, leite cru, queijos coloniais, vegetais e frutas in natura, e água contaminada. A maior parte das bactérias E. coli não faz mal à saúde, mas o tipo conhecido como E. coli0157: H7 produz a toxina chamada shiga, que destrói glóbulos vermelhos do sangue, causa insuficiência renal e diarreia anêmica. Outros tipos de E. coli podem provocar inflamações urinárias, doenças respiratórias e pneumonia.

Um estudo do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) sobre o surto de 2013 concluiu que vegetais crus – alface, brócolis, aspargo e aipo, entre outros – estiveram ligados a 42% das ocorrências. Crianças até 5 anos, idosos com mais de 65 anos e pessoas com baixa imunidade são os mais vulneráveis às infecções por E. coli.

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