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Nos dois primeiros meses do ano, a agropecuária foi responsável pela criação de 616 novos postos de trabalho | HENRY MILLEO / AGENCIA DE NOTICIAS GAZETA DO POVO/Henry Milleo
Nos dois primeiros meses do ano, a agropecuária foi responsável pela criação de 616 novos postos de trabalho| Foto: HENRY MILLEO / AGENCIA DE NOTICIAS GAZETA DO POVO/Henry Milleo

A força do agronegócio no Paraná promete avançar de forma expressiva em 2016. Prova disso é que logo nos dois primeiros meses do ano, a agropecuária foi responsável pela criação de 616 novos postos de trabalho - o maior saldo de empregos no setor, dos últimos 11 anos. Os dados resultam de um levantamento realizado pelo Observatório do Trabalho, da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, que comparou o primeiro bimestre de cada ano na série histórica a partir de 2005.

Segundo o estudo, o saldo mais próximo desse resultado foi em 2007, quando o Paraná gerou 572 novas vagas de emprego, considerando que, naquele ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná chegou a 6,72%.

O superintendente estadual do Trabalho, Jorge Leonel de Souza, lembra que o desenvolvimento do setor agropecuário responde às flutuações econômicas internacionais. “No Paraná, o desempenho se deve, também, ao forte apoio do Governo do Estado aos setores produtivos, e, principalmente, às cooperativas, por meio da agência paranaense do BRDE”, afirmou Souza.

A agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul financiou às cooperativas o volume recorde de R$ 2,46 bilhões no período de 2011 até o fim de 2015. Somente no ano passado, o Banco contratou R$ 890,9 milhões - montante 205% superior ao volume de 2014 (R$ 291,5 milhões).

“O apoio ao setor do agronegócio tem consolidado a vocação para a agricultura do estado. A cada ano, temos avançado nesse mercado que, impulsionado pela agroindústria, tornou-se peça fundamental na geração de empregos com carteira assinada”, destacou o superintendente.

A influência econômica internacional também é evidente. Um exemplo é o saldo negativo de empregos no ano de 2008 e a expressiva eliminação de postos de trabalho formais no setor em 2009, resultados dos efeitos da crise mundial iniciada nos Estados Unidos. O estudo identificou ainda que, dentro da série histórica de 2008 a 2014, o Paraná não registrou a criação de empregos no setor no primeiro bimestre de cada ano. “O estado só veio de fato a retomar a geração de empregos no início de cada ano a partir de 2015, ano em que também se evidenciou um crescimento expressivo no setor da agroindústria paranaense, principalmente nos frigoríficos”, explicou Souza.

Exportações

No início de 2016, o desenvolvimento econômico do Paraná no setor agropecuário foi impulsionado pelas exportações. Um dos fatores que mais contribuíram para os bons resultados foi o crescimento nas exportações de grãos, especialmente do milho e da soja - que atualmente é o produto mais importante na pauta exportadora do estado.

De acordo com o levantamento, as exportações paranaenses cresceram 13,56% entre os meses de janeiro a março de 2015 e 2016. Nos dois períodos, tanto a soja quanto o milho, foram os principais responsáveis pela variação positiva. A exportação de milho praticamente dobrou e sua participação avançou de 3,7% para 5,76%.

O avanço da soja na fatia das exportações do estado foi mais evidente entre 2015 e 2016. Nos três primeiros meses de 2015, o produto era responsável por 13,08% das exportações. No mesmo período do ano seguinte, a soja já representava um quarto de todos os produtos exportados (24,09%). Como reflexo deste crescimento, no primeiro bimestre deste ano os setores dos derivados da soja e do milho, somando toda a cadeia produtiva (beneficiamento, logística, transporte) geraram 2.112 postos de trabalho com carteira assinada no Paraná.

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