Chuvas diárias têm obrigado os produtores a desacelerar as máquinas em Mato Grosso. A pausa que houve no plantio entre setembro e outubro, durante estiagem de três semanas, já reduzia o ritmo das colheitadeiras, mas o clima acentuou essa lentidão na última semana. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), 10,4% dos 8,886 milhões de hectares que foram cultivados com soja no estado foram colhidos até o momento – o equivalente a cerca de 900 mil hectares. O porcentual está próximo do índice apurado em igual período do ano passado (10,6%), mas fica abaixo da média histórica (11,2%).
Com maquinário suficiente para colher mais de 1 milhão de hectares numa única semana, produtores devem aproveitar aberturas de sol para avançar com os trabalhos na semana que vem. O temor é que chuvas excessivas em fevereiro provoquem perdas até maiores do que as sofridas nas lavouras precoces, que passaram por um período de seca na fase de plantio. Neste momento, contudo, embora atrapalhe o avanço das máquinas, as precipitações são bem vindas porque favorece o desenvolvimento da soja tardia, ainda em fase de floração e enchimento de grãos.
Mosaico
18% da safra de soja já foi colhida no Oeste de Mato Grosso, a região mais adiantada. Apenas no Sudeste, onde a colheita atingiu 13,9%, os trabalhos estão à frente da safra passada . O maior atraso ocorre no Noroeste,com 1,8%.



