Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Arquivo

PR vacina apenas metade do rebanho contra aftosa

A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa começa amanhã com um clima de expectativa no Paraná. Em 2009, pela primeira vez após 40 anos, o estado irá imunizar somente bovinos e bubalinos com até dois anos de idade, o que reduz pela metade o rebanho a ser vacinado. De acordo com a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), com as novas regras, mais de 5 milhões de animais deixarão de ser imunizados no estado.

Para garantir que o pecuarista tenha tempo para se adaptar às novas regras, a Seab estendeu o prazo de vacinação, que agora encerra no dia 31 de maio e não em 20 de maio como nos anos anteriores. Até a última campanha, o produtor tinha 20 dias para imunizar os animais e mais dez dias para comprovar a vacinação. Agora, o prazo de vacinação encerra juntamente com o prazo para comprovação da vacinação, no final de maio.

Apesar de isentos da vacinação na primeira etapa da campanha, os pecuaristas continuam obrigados a declarar todo o rebanho junto às Unidades Veterinárias da Seab, inclusive os bovinos e bubalinos com mais de dois anos de idade. Para cada animal adulto não vacinado ou não declarado, o criador recebe multa de R$ 87,27, além de outras sanções administrativas.

A redução da vacinação marca o início de um processo adotado pela Seab para que o estado seja declarado área livre de febre aftosa sem vacinação. Segundo o secretário Valter Bianchini, a meta é conquistar o status até 2014. A nova condição sanitária permitiria acesso a mercados como Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, que ainda têm restrições à carne fresca brasileira. Hoje, o status de área livre da aftosa sem vacinação é concedido pela Organização Internacional Epizootias(OIE) somente ao estado de Santa Catarina.

Bianchini estima que com a anualização da vacinação de mais da metade do rebanho estadual, avaliado em 9,5 milhões de cabeças, cinco milhões de doses deixarão de ser vendidas, o que deve gerar uma economia de cerca de R$ 7 milhões aos criadores paranaenses.

As modificações no calendário de vacinação não valem para a segunda fase da campanha de vacinação, que acontece em novembro no estado. Nessa etapa, os procedimentos voltam ao normal e todos os animais, independente de idade, devem ser vacinados. Além do Paraná, outros cinco estados começam a adotar o calendário de vacinação diferenciada neste ano: Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.