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Eleições 2014

Presidenciáveis abrem diálogo com agronegócio

13.ª edição do Congresso Brasileiro do Agronegócio reuniu representantes dos três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, com objetivo de reforçar demandas do setor

São Paulo (SP) – As opiniões dos três principais candidatos à presidência da República sobre a agropecuária nacional foram apresentadas e debatidas nesta segunda-feira (4), durante a 13.ª edição do Congresso Brasileiro do Agronegócio. Representantes do setor reivindicaram demandas e cobraram maior apoio do governo federal, tanto na execução de políticas públicas quanto na infraestrutura.

As primeiras discussões do evento -- que é organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) – tentaram decifrar a relação da sociedade com o meio rural, e qual o impacto disso para as próximas eleições. Também foram discutidas tendências para a economia no contexto eleitoral, e como isso pode afetar as exportações do setor no curto e médio prazo.

Em momentos distintos do evento também compareceram o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB). Temer destacou a importância de acordos bilaterais firmados como países como a Rússia e China, na cadeia de grãos e carnes. Para o futuro, apontou o acesso ao financiamento público como um dos principais desafios do agronegócio. “É preciso evoluir no crédito, com praticas que deem maior rapidez e segurança ao produtor rural”, declarou.

No contraponto, Neves apontou que caso eleito terá a infraestrutura como prioridade. “É preciso fazer parcerias com o setor privado para garantir investimentos e ampliar a competitividade do produtor rural”, declarou.

O ponto alto das discussões ocorreu com um painel que reuniu representantes dos três candidatos à presidência da República mais bem posicionados nas pesquisas (Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos). O encontro foi mediado pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues.

Representando Neves no debate, o agrônomo Xico Grazino criticou a falta de apoio ao setor sucroenergético. “Criou-se grande expectativa para o setor, inclusive com fomento a investimentos, mas não houve continuidade”, reclamou. Ele também afirmou que há necessidade de direcionar mais investimentos para políticas como o seguro rural. “Uma parcela ínfima dos recursos do Plano Safra vai para o seguro. Além disso, é preciso regulamentar o fundo de catástrofe, para dar mais garantia aos produtores”, salientou.

Já no caso de Campos, que tem Marina Silva como candidata à vice, o representante foi o coordenador de campanha Mauricio Rands. O foco durante o evento foi assegurar que a proximidade de Marina com as questões ambientais não prejudica a relação com o agronegócio. “É preciso deixar claro que não há conflito entre a sustentabilidade e o agronegócio”, frisou Rands.

Em nome da atual presidente e candidata a reeleição Dilma Rousseff, o ex-ministro dos Transportes Odacir Klein reconheceu que existem problemas pontuais, como no caso do setor sucroenergético, mas destacou que de forma geral houve avanço nos investimentos.

O jornalista viajou a convite da Abag

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