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Semana negativa

Nem bem o mercado internacional de grãos digeriu a quebra de safra sul-americana e já começa a se preocupar com a produção na metade norte do continente. A temporada 2012/13 começou bem nos Estados Unidos, com direito a plantio em ritmo acelerado e trabalhos concluídos mais cedo que o de costume. Mas, de repente, a maré virou. O clima no cinturão de produção tem se mostrado mais quente e seco do que o produtor gostaria.

Por ora, os danos ainda não são consolidados ou irreversíveis. Mas, em uma safra sem muita margem para erros como esta, seria motivo suficiente para carregar para o alto as cotações da soja e do milho na Bolsa de Chicago. Seria. Não é, contudo, o que vem ocorrendo. Na semana em que o USDA, o Departamento de Agricultura dos EUA, confirmou piora nas condições das lavouras do país, os dois grãos terminaram a jornada no terreno negativo na CBOT.

No saldo semanal, as cotações da soja ficaram vermelhas em todos os contratos. O julho/12, referência para o mercado disponível, encerrou os negócios em US$ 13,76, com recuo de 50,25 pontos na semana. O novembro/12, que baliza os preços para a próxima safra norte-americana, fechou a semana com saldo negativo de 18,50 pontos. Cotado a US$ 5,7950/bushel, o julho/12 do milho caiu 18,50 pontos na semana. No período, o dezembro/12 do cereal perdeu 38 pontos.

Nos dois casos, os preços foram pressionados pelo mau humor dos mercados financeiros, que tiveram uma semana nervosa com investidores preocupados com o futuro da zona do euro. O temor é de uma vitória do partido de extrema esquerda da Grécia, contrário às medidas de austeridade fiscal, nas eleições presidenciais do país, que ocorrem hoje.

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