Produção mato-grossense dá competitividade ao alimento especial; no Paraná, ataque de pássaros torna alternativa arriscada
Por Da redação, com Laura Beal Bordin, especial para a Gazeta do Povo
07/05/2013 às 00:00
Mato Grosso planta 40 mil do total de 70 mil hectares e, com isso, responde por 60% da safra nacional (Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo)
O óleo de soja, o mais consumido no Brasil, passou de R$ 3,00 (frasco de 900 mililitros) e não voltou mais às cotações antigas mesmo depois de confirmada safra recorde de mais de 80 milhões de toneladas. O novo patamar de preço reduziu a diferença que havia entre o valor do alimento e o dos óleos especiais, como o de girassol, que ganha mercado em ano de aumento na produção.
O principal motivo das últimas altas do óleo de soja foi a quebra de safra de 2011/12, que atingiu os Estados Unidos e a América do Sul. Os valores devem se sustentar acima das médias históricas pelo menos até o fim do ano, avalia Marco Roberto Alarcon, gerente comercial de varejo da Cocamar, cooperativa agroindustrial paranaense que processa óleos vegetais.
“Apesar da boa safra, os estoques mundiais ainda não estão em equilíbrio. Precisamos aguardar a colheita norte-americana, que começa em setembro”. O consumidor pode ter de esperar até 2012 por reduções nos supermercados.
Com esse cenário, os óleos de milho, canola e girassol ficaram mais competitivos. Esses produtos têm correlação com o preço do óleo de soja, mas dependem primeiramente da oferta. Há tendência de queda no óleo de milho, que está registrando safra recorde no inverno, e também no de girassol.