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O relatório de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) no início da tarde desta terça-feira (12) trouxe aumento tímido em relação à expectativa do mercado para a colheita da soja no país, que deve somar 103,85 milhões de toneladas – 400 mil toneladas a mais que o número de julho e contra uma previsão de 104,4 milhões de toneladas dos analistas. Porém, isso não impediu nova queda das cotações da commodity na Bolsa de Chicago (CBOT). Após a publicação dos números o primeiro contrato recuava mais de 1%.

O principal fator baixista são os estoques finais da temporada 2014/15, que serão mais que triplicados em relação ao ano passado. Como não houve aumento nas estimativas de consumo de soja no país – o esmagamento foi mantido em 47,7 milhões de toneladas e as exportações em 45,5 milhões de toneladas --, as reservas norte-americanas foram elevadas a 11,7 milhões de toneladas, contra uma expectativa de 11,3 milhões de toneladas e bem acima das 3,7 milhões de toneladas do ciclo 2013/14.

O aumento na projeção de produção da soja nos Estados Unidos foi provocado por novo ajuste no índice de produtividade das lavouras. Segundo o Usda, os agricultores alcançarão rendimento médio de 50,88 sacas por hectare (3.052 kg/ha), um recorde para o país. No mês passado, o órgão já calculava potencial histórico de produtividade, de 50,6 sacas por hectare (3.039 kg/ha).

Com uma safra farta e a estabilidade no consumo, tanto interno como externo, as previsões de preços médios para a temporada atual foram reduzidas. Os novos valores máximos estão mais longe dos US$ 12 por bushel e perto dos US$ 11 por bushel.

O mínimo, que era calculado em US$ 9,50 por bushel (US$ 20,90 por saca), caiu para US$ 9,35 por bushel (US$20,50/saca). E o novo teto é de US$ 11,35 por bushel (US$ 24,97 por saca), contra US$ 11,50 projetados no mês passado.

MilhoNão são somente as plantações de soja que se desenvolvem bem nos Estados Unidos. No quadro do milho, o Usda fez ajustes gerais, que vão da produtividade média das lavouras ao aumento no consumo interno e nas exportações do país. Com um rendimento atualmente calculado em  175,2 sacas por hectare ( 10.512 kg/ha) – em julho a previsão era de 172,9 sacas por hectare –, as lavouras do cereal devem produzir 356,4 milhões de toneladas do grão. No mês passado, a estimativa apontava para 352,05 milhões de toneladas.

Além disso, os números referentes à demanda do produto foram elevados em relação a julho, mas não o suficiente para reduzir os estoques finais da safra. Segundo o Usda, o volume de milho destinado à produção de etanol combustível será de 128,9 milhões de toneladas, contra 128,2 milhões calculados no mês passado.

O consumo de ração animal também foi incrementado. A previsão é que 133,3 milhões de toneladas do grão terão essa finalidade, contra 132,08 milhões de toneladas previstos em julho. A demanda para consumo humano, uso de sementes e industrial, que era estimada em mais de 163,4 milhões de toneladas, agora é de 164 milhões de toneladas. E as exportações, saíram de 43,1 milhões de toneladas em julho para 43,8 milhões de toneladas.

Mesmo com aumento no quadro de consumo, os estoques de milho da safra atual serão muito superiores aos do ciclo passado: 45,9 milhões de toneladas, ante 29,9 milhões de toneladas.

Confira o comportamento das cotações de soja, milho, farelo, óleo e das moedas.

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