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Só 11,83% das 52 mil toneladas de trigo que poderiam ser comercializadas no leilão realizado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entraram no mercado. O Paraná poderia ter vendido 22 mil toneladas e somente despachou 1,39 mil. O Rio Grande do Sul tinha teto de 30 mil toneladas e escoará apenas 4,76 mil com prêmio que cobre a diferença entre as cotações do mercado e o preço mínimo.

No Paraná e no Rio Grande do Sul o preço mínimo é de R$ 33,45 por saca até junho de 2015. As cotações estão R$ 10 abaixo desse patamar -- que se aproxima dos custos de produção -- em polos de produção gaúchos como Santa Rosa. A questão é que, segundo técnicos locais, não há trigo de qualidade dessa zona para escoar via leilão. Os produtores amargam cotações defasadas apesar da perda de mais de 1 milhão de toneladas no estado.

No Paraná, as cotações estão mais próximas do mínimo, o que reduz o prêmio para quem escoar o trigo, desestimulando os compradores. A saca é vendida a R$ 30 após alta de R$ 1 nas últimas semanas. Não falta trigo para vender. Segundo o Departamento de Economia Rural, perto de 60% da colheita de 3,78 milhões de toneladas estão nas mãos dos produtores.

Segundo a Conab, para o leilão que somou 6,15 mil toneladas (PR+RS) "o governo poderá pagar até R$ 295 mil em prêmio". A média é de R$ 48 por tonelada ou R$ 2,88 por saca de 60 quilos. Esse trigo deverá ser escoado para Norte e Nordeste do Brasil, uma operação considerada de alto custo.

O interesse pelos leilões vinha caindo mesmo com redução no volume admitido a escoamento com prêmio. No último dia 4, a comercialização foi de 16,15% (quatro pontos acima do índice de ontem) das 110 mil toneladas. Em 27 de novembro, registrou-se índice de 42,71% de um total de 137 mil toneladas.

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