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Importação de fertilizante caiu 12% nos cinco primeiros meses do ano, de acordo com a  Anda. | Jonathan Campos / Gazeta Do Povo
Importação de fertilizante caiu 12% nos cinco primeiros meses do ano, de acordo com a Anda.| Foto: Jonathan Campos / Gazeta Do Povo

As vésperas de começar oficialmente um novo ciclo de grãos no Brasil, os produtores colocam em prática o planejamento para o plantio de verão, que começa em setembro. Dentre os produtos necessários, o fertilizante é que traz maior preocupação para o setor. De acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), a entrega do insumo registrou queda de 12% nos cinco primeiros meses do ano.

“As vendas dos produtores sofreram forte inibição devido aos atrasos climáticos ocorridos para o plantio da última safra e à ocorrência de preços internacionais mais baixos para as commodities agrícolas. Essa situação acabou provocando o adiamento da aquisição de insumos”, ressalta Mony Belon, analista de fertilizantes da FCStone.

Ainda de acordo com a especialista, o país precisa importar mais 10 milhões de toneladas para a safra de verão, volume próximo da capacidade máxima dos portos brasileiros, o que pode gerar sobrecarga no sistema logístico.

Porém, os operadores de fertilizantes estão preparados para esse aumento de demanda. Segundo Rivadavia Simão, diretor de operação da Rocha Top, que opera no Porto de Paranaguá, a demora nos pedidos por parte dos produtores irá concentrar os negócios nos próximos meses, mas nada que coloque em risco o plantio.

“O crescimento das compras custou um pouco a ganhar ritmo. Mas está normalizando e teremos os quatro próximos meses bastante movimentados. Mas a infraestrutura em Paranaguá melhorou muito e não irá faltar produto”, afirma o executivo.

Nos cinco primeiros meses deste ano, o porto paranaense recebeu 3.627.151 toneladas de fertilizantes, pouco menos que as 3.807.377 de t. no mesmo período de 2014. A expectativa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) é manter o mesmo patamar da temporada anterior -- 9.698.133 toneladas.

Semente

Se existe algum temor em relação ao fertilizante, semente não irá faltar para os produtores de soja no Paraná. O diretor executivo da Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), Eugênio Bohatch, confirma que a produção de cultivares está normal e com boa qualidade.

“Estamos aguardando o resultado das análises para saber exatamente, mas a estimativa inicial é produzir 240 mil toneladas de sementes, suficiente para cobrir 4 milhões de hectares”, enfatiza.

A comercialização de 40% entre janeiro e maio, considerada normal, deve ganhar ritmo a partir de julho quando as cooperativas iniciam suas campanhas.

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