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Profissão está em alta diante da expansão do agronegócio. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Profissão está em alta diante da expansão do agronegócio.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Agronomia da UFPR faz 100 anos com ciclo de palestras

Ciclo de palestras e solenidade estão programados para segunda-feira (23) no Setor de Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que comemora nada menos que um século da graduação de Agronomia. O curso já formou 4.392 engenheiros agrônomos, sem contar os pós-graduados que se aperfeiçoaram na mesma estrutura.“Fomos por mais de 50 anos o únic

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Após registrar queda durante a metade da primeira década de 2000, o curso de Agronomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que completa hoje 100 anos de existência nesta segunda-feira (23), voltou a contar com aumento de procura nos últimos quatro anos.

Para o vestibular 2015/16, a relação é de 5,77 alunos para cada vaga, número 68% maior do que em relação ao processo seletivo de 2011/12, quando haviam 3,43 candidatos para cada vaga no sistema de ampla concorrência. O resultado coincide com a importância do agronegócio para a economia do Paraná, que expandiu o valor bruto da produção agrícola no mesmo período.

“Embora haja cada vez mais pessoas vivendo nas cidades, o interesse pela profissão no campo está aumentando, até mesmo pelo peso da economia agropecuária para o estado e para o País”, ressalta o coordenador do curso, João Carlos Bespalhok Filho.

Desde sua inauguração, em 1915, o curso foi o único existente entre os estados do Paraná e Santa Catarina até a década de 70. “Somos uma referência na Região Sul. Além dos paranaenses, tínhamos muitos catarinenses que vinham a Curitiba justamente para se formar em Agronomia pela Federal”, comenta Bespalhok Filho. Nesse centenário, 4.392 engenheiros agrônomos já foram formados pela universidade até agosto deste ano.

Novas gerações

Estudante do oitavo período e presidente da Semear Consultoria Jr-UFPR – empresa júnior de consultoria do setor ligada ao curso de Agronomia –, Catherine Machulek enumerou durante a palestra “O jovem e seu papel na agronomia e na agricultura brasileira”, ministrada durante a solenidade de comemoração aos 100 anos do curso, os pontos que levam os jovens a permanecer no campo e os que os levam a sair. “Tocar as propriedades que antes pertenciam aos pais ainda é um fator muito forte de permanência. Entretanto, a falta de lazer, festas e a dificuldade de implantação de novas ideias são fatores desestimulantes”, analisa.

Segundo a estudante, outro desafio para a formação em agronomia está atrelado ao estímulo ainda bastante tímido dado ao empreendedorismo dentro da sala de aula. “Estamos muito focados no que já existe. Precisamos estimular cada vez mais alunos que queiram empreender e possuir o próprio negócio”, afirma Catherine. “Não basta ficar apenas na teoria e nossos professores nos incentivam bastante nesse sentido. Da mesma forma, nunca nos faltam oportunidades de estágios”, pontua.

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