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Nos anos 2000, a empresa Avestruz Master, de Goiânia, atraiu 40 mil investidores com promessas de lucros de 10% ao mês na criação de avestruzes. O negócio era um esquema de pirâmide que faliu em 2005, deixando um prejuízo de R$ 1 bilhão e levando seus sócios à prisão.
Como o esquema funcionava?
A Avestruz Master vendia Certificados de Produto Rural (CPRs), que são títulos que, em tese, garantiam a propriedade de um casal de avestruzes. A empresa prometia cuidar das aves e recomprá-las com rendimentos de até 10% ao mês. Na prática, era um esquema de pirâmide: o dinheiro de novos investidores era usado para pagar os antigos, e a empresa vendia títulos de aves que nem sequer existiam, tornando o colapso financeiro inevitável.
O que levava as pessoas a investir?
A promessa de altos lucros, muito acima do mercado, era o principal atrativo. A credibilidade era reforçada pelo estilo de vida luxuoso dos sócios, que tinham carros de luxo como Ferrari e Mercedes, e por um forte investimento em publicidade, incluindo participações em programas de TV de alcance nacional. Além disso, os investidores acreditavam possuir um bem real, já que podiam visitar as fazendas, sem saber que o número de aves era muito menor que o de títulos vendidos.
Como a fraude foi descoberta?
As suspeitas surgiram quando o Procon de Goiás, após denúncias, constatou que o número real de aves nas fazendas era inferior ao informado pela empresa. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também interveio, pois a venda de contratos com promessa de rentabilidade é uma atividade financeira. Um laudo da Polícia Federal revelou o absurdo: os gastos com publicidade em 2004 foram de R$ 4 milhões, enquanto o investimento em ração para as aves foi de apenas R$ 100 mil.
O que aconteceu quando a empresa quebrou?
Em novembro de 2005, os cheques dos investidores começaram a voltar sem fundos. A sede da empresa amanheceu fechada e os sócios fundadores fugiram para o Paraguai. O colapso gerou desespero, levando muitos investidores a irem pessoalmente às fazendas para tentar resgatar as aves e minimizar o prejuízo. A Justiça decretou a falência do grupo e os bens dos sócios, como carros de luxo e um helicóptero, foram apreendidos.
Os investidores conseguiram recuperar o dinheiro?
Não. A dívida total da Avestruz Master somava R$ 1 bilhão, mas os leilões dos bens apreendidos arrecadaram apenas R$ 18 milhões. Essa quantia foi usada para pagar dívidas trabalhistas e impostos, que têm prioridade legal. Para os 40 mil investidores, ficou apenas o prejuízo, já que um processo criminal por fraudes foi extinto em 2022 por prescrição, acabando com as últimas esperanças de ressarcimento.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.
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