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Carlos Fávaro
Ministro da agricultura pediu a suspensão de restrições impostas pelos japoneses aos estados do ES e SC por surto de gripe aviária.| Foto: André Borges/EFE

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que está em visita oficial a Tóquio, disse nesta sexta (28) que o Brasil procura "fortalecer" as relações bilaterais com o Japão, em um contexto em que o país asiático impõe sanções comerciais a estados brasileiros afetados pela gripe aviária.

"O Brasil é um dos poucos produtores de frango que não tem gripe aviária em granjas comerciais. Temos um sistema ativo e transversal entre os poderes público e privado que torna este setor eficiente, competitivo e transparente", destacou Fávaro em entrevista coletiva concedida pela manhã na embaixada brasileira em Tóquio.

As declarações do ministro marcam o fim de uma missão brasileira no Japão que visava recuperar os níveis de comércio entre as duas nações que existiam há 15 ou 20 anos.

Nesse sentido, o ministro da Agricultura ressaltou que o governo japonês deve retirar a suspensão temporária da importação de frango dos estados de Espírito Santo e Santa Catarina devido a um surto de gripe aviária em diversas granjas.

Essa suspensão, que entrou em vigor há algumas semanas, afeta especialmente Santa Catarina, estado de onde vem a maior parte da produção de frango enviada ao país asiático, razão pela qual o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede que a suspensão se limite a municípios específicos e não ao estado como um todo.

“As relações comerciais entre o Brasil e o Japão estão muito equilibradas e são boas para os dois países, buscando paridade e equilíbrio nessa troca”, acrescentou Fávaro, que disse ainda que busca realizar ações comerciais para aumentar as importações não só de frango, mas também de ovos, suínos e bovinos.

O ministro frisou também que o Brasil não pretende aproveitar a invasão russa da Ucrânia para se posicionar melhor em outros mercados, mas sim desempenhar um papel a favor da paz.

“Seria oportunista o Brasil tratar esse assunto como uma oportunidade, o presidente Lula tem um papel na busca pela paz e estamos preocupados com a fome causada por essa guerra e o risco de desabastecimento em regiões como a África e o Leste Europeu", comentou Fávaro.

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