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Foto de 2015 mostra espuma da poluição do rio Tietê no município paulista de Pirapora do Bom Jesus | Rafael Pacheco/Arquivo Gazeta do Povo
Foto de 2015 mostra espuma da poluição do rio Tietê no município paulista de Pirapora do Bom Jesus| Foto: Rafael Pacheco/Arquivo Gazeta do Povo

Promovido pela União Europeia, acontece nesta semana em São Paulo (27 e 28/11) o Fórum de Negócios Verdes, para discutir financiamento de iniciativas privadas contra as mudanças climáticas.

O congresso pretende ser uma plataforma para abordar a cooperação entre Europa e Brasil em modelos viáveis de negócios sustentáveis. Agricultura de baixo carbono, geração de energia distribuída, energia solar, eficiência energética em edifícios e indústrias e créditos de carbono são nichos a serem analisados.

Com o anúncio recente de que um acordo entre Mercosul e União Europeia está prestes a ser selado, o fórum ganha mais relevância.

Os participantes são representantes de companhias e iniciativas privadas, entidades financeiras, indústrias, federações, associações, bancos de desenvolvimento, bancos comerciais, fundos de capital de risco, associações setoriais e organizações de apoio às empresas. Ao todo, 70 empresas e 22 bancos do Brasil e da Europa.

“Desde a ratificação do Acordo de Paris, em setembro de 2016, que estabeleceu a meta de redução das emissões de gases de efeito de estufa no mundo, já houve muito trabalho de vários atores. Um dos pontos mais complexos para avançar é o envolvimento do setor privado”, observa João Gomes Cravinho, embaixador da União Europeia no Brasil, à frente do evento. “Para incluir o setor privado, é fundamental discutir a dimensão financeira para a transição econômica”, completa.

“A transformação da economia não se faz por decreto. É necessária uma grande quantidade de capital para passar a uma economia de baixo carbono e modelos de financiamento diferentes dos tradicionais”, observa o embaixador.

“Pela primeira vez no Brasil haverá uma conferência que é ao mesmo tempo momento de reflexão e engajamento prático sobre o assunto”, diz.

Mudança de mentalidade

Para Cravinho, é necessária uma mudança de mentalidade em todos os setores para compreender que a questão climática não é um tema ambiental e sim um desafio para a economia e para o desenvolvimento. E que há oportunidades de crescimento, novos negócios e geração de empregos.

“Precisamos do engajamento da comunidade financeira, que atua na economia real, para permitir que os fluxos financeiros viabilizem a economia verde”, acrescenta o embaixador. Ele defende a criação de novos modelos de investimento e empréstimo para empresas verdes e o desenvolvimento de outras formas de utilizar fundos públicos e privados.

O fórum tem apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Febraban e do WWF Brasil e acontece no Hotel Renaissance. Estão previstas participações da diretora geral do Clima na União Europeia, Yvon Slingenberg, do secretário de Mudanças do Clima e da Floresta do MMA, Everton Lucero, dos presidentes do Banco Central e da Febraban, de Alfredo Sirkis, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, e Andre Nahur, coordenador do Programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil.

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