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Para o diretor da OMC, caso o sistema seja comprometido, até os membros mais fortes e maiores serão prejudicados. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Para o diretor da OMC, caso o sistema seja comprometido, até os membros mais fortes e maiores serão prejudicados.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O comércio internacional vive uma das piores crises dos últimos anos. A tensão entre Estados Unidos e China, os maiores mercados da Organização Mundial do Comércio (OMC), não é bom para ninguém. A avaliação é do diretor de revisão de políticas comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC), Willy Alfaro, que participou de um painel no 6º Fórum de Agricultura da América do Sul, em Curitiba (PR).

Os principais efeitos desta guerra são a preocupação e a instabilidade, inimigos do comércio internacional, afirma Alfaro. “Choques em sistema comercial tem nível global, se queremos promover o crescimento, não deveríamos seguir esse caminho, temos que defender a estabilidade”, ressalta.

Para o diretor da OMC, caso o sistema seja comprometido, até os membros mais fortes e maiores serão prejudicados. “Nossa intenção é esclarecer esse stress para todos que fazem parte dele, não só governantes, mas, o mais importante, para o setor privado. O setor privado é diretamente o mais tocado pelas regras de comércio, ele se beneficia das regras e esse é o momento em que precisamos falar dos benefícios do sistema”, afirma.

Alfaro diz que muitas das regras da Organização Mundial do Comércio estão desatualizadas. “O comércio internacional mudou radicalmente nos últimos anos, em uma velocidade muito rápida. É necessário que a OMC acompanhe essas mudanças e, principalmente, se adapte a elas”, diz.

As medidas protecionistas também aparecem como oportunidade para o bloco sul-americano, em especial para o Brasil. “Esta guerra de mercado pode trazer prejuízos para a indústria brasileira, mas também é uma grande oportunidade. Para citar alguns dados, no ano passado, nossas exportações de grãos dobraram para o México, que era um país que ainda não tínhamos uma grande relação comercial de exportação”, conta o consultor em comércio internacional da Legex, Fabio Carneiro Cunha.

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