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 | Jonathan Campos/gazeta Do Povo
| Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo

Técnicos e jornalistas da Expedição Milho Brasil 2013 encerraram nesta semana a sondagem de campo em Mato Grosso do Sul. Confira os comentários do analista da FCStone que participa da Expedição, Natalia Orlovicin, sobre a situação das lavouras do cereal no estado:

“A Expedição Milho Brasil começou o dia em Dourados, região Sul do Mato Grosso do Sul, principal produtora de milho do estado. Durante a manhã visitamos a propriedade do Sr. Dimas, que plantou 1.750 hectares neste ano. O plantio da safra 2013 teve início em 15 de janeiro, assim que a soja foi colhida, e se estendeu até o final de fevereiro. Por isso, a lavoura recebeu umidade adequada, já que o mês de março foi abundante em chuvas na região, permitindo o desenvolvimento saudável das plantas. O rendimento médio esperado pelo produtor neste ano é de 90 sacas por hectare. Segundo ele, quem demorou mais para iniciar o plantio deve ter problemas com a produtividade, uma vez que a região passa por um período de estiagem desde o começo do mês de abril. Aproximadamente 60% da safra do Sr. Dimas já foi comercializada a um preço médio de R$20/saca, o que o deixa em uma situação confortável, já garantindo a cobertura dos seus custos deste ano.

Encerrando a passagem pelo Mato Grosso do Sul, visitamos a Copasul em Naviraí. Em conversa com alguns produtores da região, as expectativas são boas para a safra de milho. Com a antecipação do plantio da soja para começo de outubro, foi possível colher ainda em fevereiro e assim iniciar o plantio do milho também neste mês. Dessa forma, aproximadamente 80% da área prevista foram plantados dentro da janela ideal. Com a abundância de chuvas em março (em torno de 300 a 400 mm), o plantio só foi concluído em abril. Quem plantou cedo se beneficiou da alta umidade, que favoreceu o desenvolvimento saudável das lavouras. Por outro lado, cerca de 30% da área ainda necessita de chuvas para não perder potencial produtivo. No total, foram plantados 70 mil hectares de milho neste ano na região, o que representa um incremento de 20% em relação ao ano anterior, devido à utilização de áreas de pastagens e cana-de-açúcar. O rendimento esperado é de 80 sacas por hectare, caso as geadas não prejudiquem as lavouras.

Quanto à comercialização, ainda há 20% a 30% de soja nos armazéns e a safra de milho está somente 25% vendida, o menor volume histórico para esta época do ano. Há, portanto um esforço para venda do milho, uma vez que não há espaço suficiente nos armazéns para guardar todo o milho. Uma alternativa a ser considerada é a utilização de silo bags, que tem o custo de R$ 1 por tonelada.”

* Natalia Orlovicin é analista de mercado da consultoria FCStone e integra a equipe da Expedição Milho Brasil 2013

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