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Analista da FC Stone Natalia Orlovicin previu que a área plantada com soja no país deve ficar em torno de 33,8 milhões | Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Analista da FC Stone Natalia Orlovicin previu que a área plantada com soja no país deve ficar em torno de 33,8 milhões| Foto: Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo

O momento político e econômico do Brasil vai influenciar diretamente no planejamento do agronegócio para a safra 2016/17, previu nesta quarta-feira (18) a consultoria FC Stone. A expectativa é de desaceleração no crescimento da área plantada com soja, cujo aumento ficará em 2,1% no próximo ciclo. O diagnóstico foi feito durante encontro técnico que marca o encerramento da 10ª Edição da Expedição Safra, em São Paulo.

Em uma apresentação das perspectivas da safra 2016/17 durante o evento, a analista da FC Stone Natalia Orlovicin previu que a área plantada com soja no país deve ficar em torno de 33,8 milhões de toneladas (foram 33 milhões de hectares em 2015/16). O custo de produção está estimado em R$ 56 a saca e o preço de venda projetado é de R$ 63 a saca (margem de R$ 7 a saca). A base de dados para chegar aos números é da região de Sorriso, no Mato Grosso.

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Natália analisa que a insegurança dos produtores ocorre principalmente com relação à disponibilidade de crédito. “A questão mais importante desse ano é o financiamento. Estamos em uma crise econômica e política, o que preocupa os produtores. As limitações de crédito e o aumento na taxa de juros fazem com que haja mudanças no que vai acontecer com as compras de insumos. Consideramos este o ponto mais importante do decisivo na safra 2016/17”, analisa.

A analista pondera que há um aspecto diferente em relação ao crédito neste ano. Os valores destinados aos produtores a juros controlados (mais baixos que os praticados no mercado) estão sendo liberados em maior volume nos primeiros meses do ano. “Em 2016, o crédito oficial está neste momento com liberação mais adiantada do que nos anos anteriores. Até abril quase R$ 5 bilhões já foram liberados, enquanto no mesmo período de 2015 o montante não chegava a R$ 1 bilhão”, disse antes de mais uma vez salientar que as crises deixam o cenário indefinido.

Fertilizantes

Um fator crucial na produção agrícola, os fertilizantes estão em um cenário preocupante para o próximo ciclo com relação à cotação. Natália relata que em 2015 as compras de fertilizantes diminuíram por conta dos preços, que não têm perspectiva de redução nos próximos meses. “Em 2016, apesar da manutenção em um preço alto, é possível que haja aumento nas aquisições em função de crédito mais amplo. Apesar disso, as taxas mais altas podem continuar inibindo produtores”, analisou durante a palestra.

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