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Losivanio Lorenzi, presidente da ACCS e da Coasc, afirma que na cooperativa todos os produtores são donos e que as decisões são tomadas em conjunto. | Lineu Filho/Gazeta do Povo
Losivanio Lorenzi, presidente da ACCS e da Coasc, afirma que na cooperativa todos os produtores são donos e que as decisões são tomadas em conjunto.| Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo

Com um rebanho efetivo estimado em sete milhões de cabeças, Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína. São oito mil produtores em escala comercial, 85% integrados e 15% independentes, que produziram cerca de 900 mil toneladas de carne suína em 2015. O estado foi atingido em cheio pela crise provocada pelo aumento do preço do milho, que em maio deste ano chegou a custar R$ 60 a saca, e atualmente está cotado a R$ 42.

O choque, no entanto, não foi tão forte para um grupo de 51 produtores independentes que formam a Cooperativa Agroindustrial dos Suinocultores Catarinenses (Coasc), com sede em Concórdia, no Oeste catarinense.

Criada há dois anos pela Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), a cooperativa reuniu criadores que não faziam parte do sistema de integração das grandes empresas. “Nosso objetivo era fortalecer a cadeia, principalmente os independentes, que sempre estiveram mais expostos aos ciclos de crise, comuns na suinocultura”, explica Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da ACCS e da Coasc.

Losivanio Lorenzi afirma que na Coasc todos os produtores são donos e que as decisões são tomadas em conjunto. “Nós procuramos atender as demandas dos cooperados e tomar as decisões que nos fortaleçam como conjunto”, diz.

Nessa somatória de forças, prevaleceu também entre os cooperados a criação de um sistema de negociações coletivas (medicamentos, grãos, núcleos, insumos) através de uma central de compras. No início deste ano, por exemplo, a Coasc importou milho do Paraguai para diminuir os impactos da crise e aumentar o estoque dos cooperados.

Por enquanto, a cooperativa ainda não conta com um frigorífico. Mas eles já têm uma área de 30 mil metros quadrados para futuras instalações. Uma meta da nova cooperativa é acessar o mercado externo. Enquanto não há um frigorífico próprio, o abate é terceirizado. “Como cooperativa podemos acessar novos mercados com mais facilidade”, conta.

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